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Para psiquiatra que colabora com a polícia, não há dúvidas de que Marcelo Pesseghini matou família

Guido Palomba foi convidado pela polícia para traçar perfil psicológico do garoto

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7


Família foi encontrada morta dentro de casa, na Vila Brasilândia
Família foi encontrada morta dentro de casa, na Vila Brasilândia

O psiquiatra forense Guido Palomba, convidado pelo delegado Itagiba Franco para ajudar a traçar um perfil psicológico de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, diz estar convicto de que o garoto matou a família. O estudante é apontado como suspeito de ter assassinado os pais, a avó e a tia-avó. A chacina aconteceu na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.

Palomba informa que começará a atuar no caso quando o trabalho da polícia terminar. Ele enfatiza que seu enfoque não é o mesmo do da investigação feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O médico se debruçará sobre todo material acumulado ao longo do inquérito, incluindo os laudos, que ainda não foram concluídos.

— Não vou entrar no mérito se ele [Marcelo] cometeu ou não o crime. Claro que ele cometeu. Se eu não estivesse convicto, não aceitaria trabalhar em cima de alguma coisa hipotética. O que é importante é o que aconteceu na cabeça dele, qual é a explicação psicopatológica disso.

O psiquiatra, que não descarta a possibilidade de conversar com testemunhas — "minhas perguntas serão diferentes das perguntas da polícia" — completa:


— Vou dar uma resposta por que uma pessoa como o Marcelo praticou esse tipo de crime. O que aconteceu? Que tipo de anormalidade aconteceu ali para ter feito o que fez.

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Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 deste mês, dentro de casa. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.

Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a polícia, o menino teria matado a família, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.


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Quarenta e três testemunhas

Na segunda-feira (26), a polícia ouviu dois oficiais da PM. Eles eram superiores da cabo Andréia. Laerte Arakem Fidélis foi um dos que depuseram. Ele substituiu Fábio Paganotto, como comandante da 1ª companhia do 18º batalhão, onde a policial trabalhava. Paganotto também foi ouvido no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Quarenta e três testemunhas já prestaram depoimento.

Também nesta semana, a polícia espera receber os laudos da perícia. A análise do IML (Instituto Médico Legal) trará informações como os horários e a ordem em que as vítimas foram mortas e se haviam sido dopadas. Já o IC (Instituto de Criminalística) vai responder a outras questões, como, por exemplo, se a posição em que o corpo de Marcelo foi encontrado confirma a tese de que ele cometeu suicídio.

O IC também deve entregar o resultado da perícia nos telefones e computadores encontrados na casa, o que pode revelar outros detalhes para explicar como tudo aconteceu.

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