Começa depoimento de irmão de Gil Rugai
Nome de Léo Rugai aparece entre as nove testemunhas convocadas pela defesa
São Paulo|Do R7
O irmão de Giu Rugai, Léo Rugai, é o próximo a prestar depoimento no terceiro dia de julgamento do ex-seminarista, nesta quarta-feira (20). O nome dele consta entre as nove testemunhas convocadas pela defesa do réu.
Até agora, desde o primeiro dia do júri, na última segunda-feira (18), 11 testemunhas foram ouvidas, sendo cinco da acusação e seis da defesa. A defesa convocou nove testemunhas, mas duas foram dispensadas.
O juiz convocou uma e, posteriormente, solicitou o depoimento de outra, Rudi Otto, ex-sócio de Gil Rugai.
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Testemunha diz que polícia insistiu para que ela contasse ter visto alguém sair da casa dos Rugai
Quarta testemunha ouvida neste terceiro dia de julgamento do ex-seminarista, o vigia Valeriano Rodrigues dos Santos afirmou, ao ser indagado pelo advogado Marcelo Feller, que a Polícia Civil insistiu para que ele afirmasse ter visto alguém sair da casa onde moravam Luiz Carlos Rugai e Alessandra Troitino no dia do duplo homicídio do casal.
Relembre o caso
O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo, no dia 28 de março de 2004.
Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.
O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.
Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.
Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.
As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.
Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.
Rugai responde pelo crime em liberdade e é julgado por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe.