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Começa simulação do assassinato de MC Daleste

Peritos investigam trajetória da bala que atingiu funkeiro em cima do palco

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Peritos utilizaram barbante para calcular distância entre o palco e o local de onde saiu o tiro
Peritos utilizaram barbante para calcular distância entre o palco e o local de onde saiu o tiro

O IC (Instituto de Criminalística) de Campinas já iniciou a simulação da morte do funkeiro Daniel Pellegrine, o MC Daleste, assassinado em Campinas, no interior de São Paulo. O artista foi baleado no abdome, quando fazia um show durante uma quermesse em um conjunto habitacional na periferia da cidade.

Os peritos estenderam um fio de barbante do palco até os fundos de uma casa em construção, de onde se suspeita que a arma tenha sido disparada. 

A simulação, chamada de "animação fotográfica", está sendo fotografada e filmada e tem o objetivo de produzir um laudo que mostre a possível trajetória da bala que matou Daleste. Com a reprodução simulada dos fatos, os policiais esperam obter detalhes sobre como aconteceu o crime, cuja autoria ainda não foi definida, e cruzar essas informações com os vídeos que a polícia possui.

O cantor foi ferido no palco, menos de dez minutos após o começo da apresentação, no último dia 6. Antes do tiro fatal, o funkeiro chegou a ser baleado de raspão na axila direita. Ao reparar que algo havia o atingido no braço, o cantor reclamou com a plateia, mas na hora, não desconfiou que se tratava de um disparo de arma de fogo. Ele morreu no hospital, na madrugada do dia 7.


De acordo com laudo do IML (Instituto Médico Legal), divulgado na última segunda-feira (15), Daleste sofreu anemia aguda, em função da quantidade de sangue que perdeu.

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Além de ouvir testemunhas, a polícia analisa fotos e vídeos feitos pelo público para tentar encontrar pistas do atirador. Por ora, a certeza é de que a morte do funkeiro foi premeditada e que a pessoa responsável sabia manejar bem a arma de fogo.


Linhas de investigação

A polícia trabalha com, pelo menos, três linhas de investigação para tentar chegar ao assassino. Uma delas seria a de crime passional. Testemunhas disseram aos investigadores que o funkeiro teria se envolvido em uma briga em Campinas, um mês antes, por causa de uma moça. A hipótese é negada pela família da vítima.

Outra hipótese investigada seria uma briga com os organizadores da quermesse em Campinas, o que também é negado por parentes do MC.

A terceira dá conta de que o assassino seria um policial. A possibilidade surgiu a partir da acusação de um amigo do cantor. MC Daleste estaria sendo extorquido por policiais militares, mas os familiares do cantor também rebatem a afirmação.

Para Roland Pellegrine, pai do funkeiro, o filho foi executado por alguém que não suportava vê-lo vencer na vida. O jovem fazia uma média de 40 shows por mês e faturava cerca de R$ 200 mil.

Daleste é o sexto funkeiro morto no Estado de São Paulo nos últimos três anos. Até hoje, nenhum caso foi esclarecido.

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