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CPI deve propor rompimento de contrato entre prefeitura e Sabesp

Trabalhos da comissão podem ser prorrogados por 120 dias, caso plenário aprove proposta

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Na zona leste, costureira cria engenhoca para captar água da chuva
Na zona leste, costureira cria engenhoca para captar água da chuva Na zona leste, costureira cria engenhoca para captar água da chuva

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada na Câmara dos Vereadores para investigar contratos firmados entre a Prefeitura de São Paulo e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deve sugerir ao Executivo municipal o rompimento do vínculo com a concessionária. De acordo com o presidente da CPI, vereador Láercio Benko (PHS), a hipótese está sendo discutida entre os parlamentares.

— Essa é uma ideia minha e existem outros vereadores que também a defendem, mas é uma posição que tem que ser tomada pelo coletivo da CPI. Não é tão simples. Se for rompido [o contrato], não pode ser imediatamente. Não pode haver desabastecimento. Acho também que a cidade não pode ficar nos próximos 12 anos à mercê da Sabesp.

Na sessão realizada nesta quarta-feira (22), foi aprovado o requerimento para que os trabalhos da comissão sejam prorrogados por 120 dias. Desta forma, a CPI, prevista para ser encerrada em dezembro, terminaria em abril de 2015. A proposta, apresentada por Benko, agora será votada em plenário.

— Com a crise [hídrica] gravíssima, tenho certeza de que os vereadores não se furtarão e não fugirão do problema. Mostrarão, mais uma vez, que estão do lado da cidade de São Paulo, acima de qualquer questão partidária.

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Para o vereador, entre dezembro e agosto, o município deve viver a fase mais aguda da crise no abastecimento de água.

— Ou por um lado teremos chuvas e estas chuvas poderão dar uma falsa sensação de conforto e o problema pode vir mais grave daqui a dois anos ou pode não chover como esperamos e o problema pode vir de forma mais grave já neste ano. Então, essa CPI continuar acompanhando a evolução do problema entre dezembro e abril é de fundamental interesse da cidade [referindo-se à prorrogação].

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“Passar a bola”

Como a CPI não pode ser prolongada para além de abril, Benko sugeriu a possibilidade de “passar a bola” para a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que faria uma investigação em nível estadual.

O vereador falou também da importância de trazer a população para o debate sobre a crise hídrica. Segundo ele, audiências serão realizadas em diversos bairros do município.

— As audiências serão para permitir, em um horário compatível com o cidadão médio, que ele participe, coloque suas posições, reclamações, sugestões em relação a esse grave problema. Precisamos ouvir não só as autoridades. Precisamos ouvir também os principais prejudicados, que são os cidadãos da cidade de São Paulo.

Benko diz que a comissão tem condições de fazer, pelo menos, uma audiência por semana. Ele adiantou que irá propor que a primeira seja realizada no Parque Edu Chaves, na zona norte.

— Foi lá que ficamos sabendo, em 2013, do início do problema. Foram as reclamações dos moradores daquele bairro que me levaram a protocolar o pedido de requerimento dessa CPI.

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