O empresário Paulo Cupertino, assassino da família do ator Rafael Miguel e foragido da Justiça, permaneceu 22 dias escondido em uma fazenda de soja na cidade de Yataity del Norte, no Paraguai. A propriedade rural fica em uma área isolada no interior do país e que pertence a outro brasileiro. Segundo as invesrtigações, Cupertino teria chegado ao novo esconderijo após decolar de um aeródromo a 320 km de Eldorado, no Mato Grosso do Sul, em um avião pilotado por Alfonso Helfenstein, amigo e dono do sítio onde ele ficou escondido por cerca de 15 meses com identidade falsa.Leia também: Na caçada por Cupertino, assassino é descrito como ‘calmo’ e ‘gentil’ O piloto também é amigo e funcionário do proprietário da fazenda no território paraguaio onde o assassino se escondeu — que negou ter conhecimento da presença de Cupertino nas suas terras. No período em que permaneceu na fazenda, Cupertino trabalhou no cultivo de soja e milho. Segundo relatos de funcionários, ele falava pouco e se mantinha sempre muito distante dos agricultores brasileiros. "Trabalhava normal, normal. Mas, sempre prestativo, queria sempre ajudar. Era muito bonzinho, ninguém suspeitava nada, porque o homem era muito bom", disse um dos trabalhadores, sob condição manter a identidade em sigilo. Os agricultores brasileiros também contaram que Cupertino mantinha uma aparência diferente daquela no tempo que ficou escondido no Mato Grosso do Sul. Ele já não usava mais a barba longa, mas sim apenas um cavanhaque, e passava a maior parte do tempo de máscara. Ainda segundo os trabalhadores rurais, um policial paraguaio que vistava parentes na fazenda, teria reconhecido Cupertino. O dono da propriedade foi avisado e o assassino fugiu mais uma vez e apenas com a roupa do corpo, deixando tudo para trás. Os seus pertences teriam sido queimados por ordem do fazendeiro.