Departamento de Medicina Preventiva da USP repudia casos de violência dentro da universidade
Professores e pesquisadores afirmam não ter conhecimento sobre os casos e confessam falha
São Paulo|Do R7
Em nota, o Departamento de Medicina Preventiva da USP (Universidade São Paulo) expressou indignação diante dos casos de violação de direitos, discriminação e violências ocorridos na Faculdade de Medicina da USP.
“Também estamos consternados com o fato de não termos estado cientes de toda essa situação e, portanto, falhado em proteger os mais vulneráveis e mesmo já estarmos atuando para prevenir tais situações”, diz a nota.
O departamento também manifesta “total solidariedade às vítimas e defendemos uma série de intervenções para mudar essa situação. Iniciamos declarando nosso total e fundamental apoio aos alunos que, corajosamente, tornaram públicas as violações”.
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“Apoiamos o trabalho sério e competente que foi realizado até agora pela Comissão contra Violência, Preconceito e Consumo de Álcool e Drogas da FMUSP e confiamos na aprovação do seu relatório pela Congregação. E sabemos que ora apenas se inicia um longo e paciente trabalho para uma nova cultura institucional”.
O departamento afirma que deposita expectativas e esperanças na decisão do diretor da Faculdade, o professor Auler, de criação do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da FMUSP, que prevê ouvidoria, apoio às vítimas, responsabilização dos autores, campanhas de promoção dos direitos humanos e iniciativas de boa convivência.
“Saudamos o compromisso assumido pelos alunos e por suas diversas formas organizativas (Coletivos, CAOC, Atlética e Show Medicina), comprometidos em não mais admitir nenhuma manifestação ou ato de violência e discriminação.”
Ainda de acordo com o departamento, os casos de violência sexual, assédio moral, homofobia e racismo afetam não só a FMUSP, mas também diversas Universidades do Brasil e do mundo. “Infelizmente, são ainda escassas no País as iniciativas para reconhecer e combater essas violações aos Direitos Humanos no ambiente universitário”.
O departamento finaliza a nota afirmando que “são urgentes e necessárias mudanças que sintonizem a Universidade com valores sociais de respeito às diferenças e boa convivência na pluralidade de indivíduos, com consequente formação de médicos adequados ao que a sociedade brasileira espera, profissionais capazes de unir a competência técnica com a ética e o respeito aos direitos humanos.”
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