O dono da casa onde a menina Angélica Barbosa Romasco, de oito anos, foi estuprada, torturada e morta, na última quarta-feira (15), foi interrogado pela polícia nesta segunda-feira (20). Segundo o delegado divisionário do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção á Pessoa), Itagiba Franco, o suspeito a princípio negou participação no crime.
Alexandre Oliveira Machado teve a prisão temporária decretada neste fim de semana após um depoimento de Andreus Vieira Batista, de 34 anos, o porteiro que confessou ter cometido o crime.
No entanto, a polícia não informou o que Andreus revelou que ocasionou o pedido de prisão de Alexandre. O dono da residência já havia sido detido na semana passada, mas foi liberado. Na casa dele, foi encontrada uma arma calibre 38.
Alexandre alugava a garagem da casa para Andreus, onde o porteiro guardava seu carro. A criança foi estuprada e torturada dentro do veículo na noite da última quarta-feira (15). A casa, que foi cenário do crime, foi depredada na noite de sexta-feira (17) por vizinhos.
Fotos: casa onde menina foi estuprada e morta fica destruída após revolta
O crime
Angélica desapareceu na noite de quarta-feira, enquanto brincava, na frente de casa, no bairro Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. O corpo da criança foi encontrado com diversas perfurações, a maioria delas na cabeça, hematomas, e havia sinais de violência sexual. Um cordão foi amarrado nos braços e no pescoço dela.
Vizinhos e parentes suspeitaram do porteiro e avisaram a polícia. Ele chegou a desaparecer logo após o crime, mas foi encontrado pela polícia. No carro dele, havia manchas de sangue nos bancos, um rolo de barbante e uma calcinha infantil, que a mãe de Angélica reconheceu ser da filha.
Leia mais notícias de São Paulo
O corpo da menina foi enterrado na manhã da sexta-feira (17), no Cemitério Municipal de Itaquera, na Vila Carmosina, zona leste da capital paulista.
Crueldade
Andreus não mostrou arrependimento ao confessar o crime para polícia. A informação foi passada, na sexta-feira (17), pelo delegado divisionário do DHPP, Itagiba Franco.
A crueldade foi tão grande que o criminoso chegou a desfigurar o rosto da menina com um alicate e também teria usado uma chave de roda para matar a garota. O homem conhecia a criança e a família dela. O delegado Franco classificou o crime como “asqueroso”.
— Não se sabe com um ser humano é capaz de agir dessa forma, principalmente contra uma criança de oito anos. Isso nos choca.