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“Ele é um figurinha”, diz Leo sobre o irmão Gil Rugai

Irmão mais novo do acusado foi o último a prestar depoimento nesta quarta-feira

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Léo defendeu, em depoimento, que o irmão Gil Rugai "tem o jeito dele"
Léo defendeu, em depoimento, que o irmão Gil Rugai "tem o jeito dele" Léo defendeu, em depoimento, que o irmão Gil Rugai "tem o jeito dele"

Questionado pela defesa de Gil Rugai se o irmão era um “pouquinho estranho”, Léo Rugai disse: “Ele tem o jeito dele”. Em seguida, os dois se entreolharam e sorriram e Leo falou: "Ele é uma figurinha".

Foi um dos poucos momentos em que Gil esboçou reação no plenário onde é julgado pela morte do pai e da madrasta. O crime aconteceu na mansão do casal em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, no ano de 2004.

Outro raro momento de reação do acusado foi quando, em seguida, um de seus advogados, Thiago Anastácio, mencionou as seringas com sangue encontradas pela polícia no quarto dele na época do crime. Gil chegou a balançar a cabeça, como se reprovasse a afirmação.

Sobre as seringas, Léo respondeu que o irmão sempre gostou de coisas relacionadas à medicina e citou um episódio da infância dos dois, quando Gil teria encontrado um pombo morto e tirado o sangue dele.

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Já em relação às espadas e ao catálogo de armas de chumbinho também apreendidos no quarto do acusado, a testemunha falou:

— A gente sempre gostou de canivete, armas de chumbinho.

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Leo disse ainda que o pai, Luiz Carlos, chegou a comprar armas de brinquedo para os filhos.

Curso de tiro

De acordo com Léo Rugai, o pai tinha conhecimento do curso de tiro feito pelo irmão. Ele contou ainda que o acusado fez as aulas mais ou menos um ano antes do crime.

Durante diligências dias após o duplo homicídio, a polícia recolheu no quarto de Gil um certificado referente ao curso.

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O caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe.

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