Três mulheres puxando um carrinho de feira pelas ruas de Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, são filmadas por uma câmera de segurança da região no dia 23 de março. O trio anda pela rua em que a polícia encontrou, no mesmo dia, um dos sacos com partes do corpo de um homem.
Segundo a polícia, uma dessas mulheres pode ser a amante do homem esquartejado — que pode ter envolvimento com o crime. Até o momento, a principal suspeita é de que a vítima é o motorista de ônibus Álvaro Pedroso. No dia em que Pedroso desapareceu, ele teria dito à família que iria terminar a relação extraconjugal.
A polícia quer descobrir se as mulheres deixaram algum saco com as partes do corpo em Higienópolis ou se entregaram todos eles a um morador de rua, preso no dia 4 de abril. O homem confessou que recebeu R$ 30 para se livrar dos sacos, mas disse que um homem que estava em um carro prata entregou os pacotes.
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O Instituto de Criminalística pode entregar nesta semana os resultados dos exames de DNA. Até agora, há confirmação de que a cabeça encontrada na praça da sé pertence ao corpo encontrado em Higienópolis, mas falta comprovar que o corpo é mesmo do motorista Álvaro pedroso.
A família, que chegou a realizar um reconhecimento da cabeça encontrada pela polícia, diz acreditar que Pedroso realmente é a vítima do esquartejamento. A filha do motorista aguarda, agora, por justiça.
— Eu quero que deus ache essa mulher, que dê uma Justiça para ela porque meu pai não merecia isso.
O caso
Na manhã do dia 23 de março, um morador de rua, que vasculhava o lixo na esquina das ruas Sergipe e Sabará, encontrou dentro de um saco plástico duas pernas, cortadas abaixo do joelho, e dois braços. As pontas dos dedos das mãos foram decepadas, de acordo com a polícia, a fim de dificultar a identificação digital. O morador chamou um comerciante local, que pediu ajuda para policiais militares que faziam uma ronda na área.
Às 12h30, o tronco, que estava envolto em um vestido vermelho, foi localizado, também em sacos de lixo, dentro de um "carrinho de feira" entre as ruas Mato Grosso e José Eusébio, junto ao Cemitério da Consolação. A pele havia sido retirada, possivelmente para evitar o reconhecimento de tatuagens. Dentro do saco, havia um par de sapatos masculinos.
Pouco depois, na rua da Consolação, também próximo ao cemitério, foi localizado o terceiro saco. Dentro dele, estavam as coxas envoltas em plástico, amarrados com durex e fita crepe. Nos três sacos, havia pelos e cabelos, que foram encaminhados ao Instituto de Criminalística. A cabeça da vítima foi achada no dia 27 de março na praça da Sé, por um morador de rua que procurava comida.
Assista ao vídeo: