Ex-seminarista é acusado de matar pai e madrasta. Relembre o caso
Gil Grego Rugai vai a julgamento nesta segunda-feira, nove anos após o crime
São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Sulina, do R7 *
Era noite de 28 de março de 2004 quando uma pessoa armada com uma pistola de calibre 380 entrou na casa do publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e da mulher dele, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, na rua Atibaia, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, e matou o casal a tiros.
Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Um dos tiros atingiu o olho esquerdo e os outros acertaram a vítima pelas costas.
Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário. O último tiro foi na parte de trás da cabeça e a curta distância.
O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele. O ex-seminarista foi preso uma semana depois dos assassinatos.
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Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito. Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.
As investigações apontaram que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.
Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.
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O que você se lembra sobre o caso Gil Rugai?
O acusado ficou preso entre 2004 e 2006, quando foi solto por determinação do STF. Em setembro de 2008, a prisão preventiva dele foi pedida novamente pelo Ministério Público, após a descoberta de que havia se mudado de São Paulo sem comunicar à Justiça.
Em fevereiro de 2009, deixou a Penitenciária II de Tremembé. Seis meses depois, acabou mais uma vez detido, mas ficou na cadeia apenas por algumas horas.
Rugai será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão dos desfalques dados na produtora do pai.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Rede Record
Assista ao vídeo:
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