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Julgamento de Gil Rugai começa nesta segunda-feira após dois adiamentos

Possibilidade de nova data ser marcada para o júri ainda não está descartada

São Paulo|Do R7*

Desde o início das investigações, ex-seminarista foi apontado como o principal suspeito
Desde o início das investigações, ex-seminarista foi apontado como o principal suspeito Clayton de Souza

Cinco dias. Este é o prazo previsto para durar o julgamento do ex-seminarista Gil Grego Rugai, que começa nesta segunda-feira (18), no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Ele é acusado de matar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em março de 2004.

Esta é a terceira vez que a data do júri popular do ex-seminarista é marcada. A possibilidade de um novo adiamento ainda não está descartada. Ela ocorreria, por exemplo, caso alguma das 16 testemunhas arroladas deixe de comparecer no dia do julgamento, e a parte que a convocou (defesa ou acusação) considere que o depoimento dela é essencial.

A primeira data agendada para o acusado sentar no banco dos réus foi 12 de dezembro de 2011, mas o julgamento acabou adiado a pedido do Ministério Público, em razão do impedimento temporário de uma perita do IC (Instituto de Criminalística). A profissional sofreu um acidente de trabalho dias antes de realizar o exame de DNA para confrontar, a pedido da defesa de Rugai na época, amostras de sangue colhidas no imóvel onde as vítimas foram mortas e do acusado.

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Os peritos encontraram respingos de sangue na cena do crime mas, naquela época, não tinham tecnologia suficiente para determinar a quem o material pertencia. Por esta razão, anos mais tarde, os advogados do ex-seminarista solicitaram uma nova análise.


O julgamento foi, então, remarcado para o dia 26 de março de 2012, mas terminou novamente adiado às vésperas do júri porque o resultado do exame de DNA só ficaria pronto após a data.

Relembre o caso


O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

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Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão dos desfalques dados na produtora do pai.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Rede Record

Assista ao vídeo:

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