Familiares de vítimas de violência acompanham o julgamento do caso Bianca Consoli
Manifestantes fazem ato na porta do Fórum Criminal da Barra Funda
São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7
Familiares e manifestantes se reuniram na porta do Fórum Criminal da Barra Funda, onde é realizado o julgamento do caso Bianca Consoli, para protestar contra a violência e a impunidade.
Uma das manifestantes é a empresária Sandra Cassaro, de 47 anos, que veio do Espírito Santo para o julgamento de Sandro Dota, acusado de estuprar e matar a universitária Bianca, em setembro de 2011.
Sandra é fundadora do movimento “Justiça Brasil”, criado por ela para lutar contra a impunidade. O pai dela foi assassinado 27 anos atrás e o julgamento só foi realizado 25 anos depois. Ela acompanhou também o julgamentos de Mizael Bispo.
— Eu, como vítima de violência, vim aqui prestar solidariedade. Com cartazes, banners e camisas com foto de Bianca Consoli, os manifestantes chegaram ao Fórum por volta de 11h e montaram uma espécie de vigíla para pedir a condenação do réu.
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De acordo com Sandra Domingues, presidente do grupo “Justiça é o que se Busca”, do qual Marta Consoli, mãe de Bianca, faz parte, o protesto acontecerá ao longo de todo o julgamento, previsto para durar cinco dias. Ela diz que um dos objetivos é prestar apoio e solidariedade aos familiares da universitária.
— A gente acompanha o caso desde o início, e não poderia deixar de estar agora no momento final para ver a condenação do assassino. A Marta [Consoli] está sempre conosco prestando solidariedade a outros famíliares que sentem na pele a mesma dor que ela.
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Sandra diz que eles esperam que o acusado Sandro Dota receba a pena máxima.
— O que a família, amigos e toda a sociedade esperam é que ele seja condenado à pena máxima, ainda que saibamos que, de acordo com a nossa constituição, ele cumprirá dois quintos da pena, e antes de 10 anos, antes mesmo de a família ter se recuperado do luto, ele estará nas ruas.