Fernando Haddad aprova criação do parque Augusta
Movimento Parque Augusta realizou protesto na Prefeitura de SP na semana passada
São Paulo|Do R7
Após polêmicas e diversos protestos realizados por integrantes do Movimento Parque Augusta, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, aprovou a criação do parque municipal. Publicada no Diário Oficial desta terça-feira (24), a lei determina que o espaço será "implementado em área de jurisdição da Subprefeitura da Sé, localizada na confluência da rua Augusta com a rua Caio Prado e a rua Marques de Paranaguá" e que "terá como referência atividades relacionadas à prática de atividade física, educação ambiental e preservação de memória paulista".
Na quarta-feira passada (18), após manifestação realizada em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, Haddad havia declarado, segundo o vereador o Ricardo Young (PPS), que iria aprovar o Projeto de Lei 245, de 2006. O PL foi aprovado pela Câmara dos Vereadores no fim de novembro e foi enviado para o gabinete de Haddad.
O terreno de 25 mil m², que pertence ao ex-banqueiro Armando Conde desde 1996, virou alvo de disputa entre moradores que defendiam a criação do parque e as incorporadoras Setin e Cyrela que planejavam construir duas torres na área, que hoje é vasta em mata atlântica e abriga dois estacionamentos.
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As obras ainda não tinham começado por causa de um DUP (Decreto de Utilidade Pública), assinado em 2008 pelo então prefeito Gilberto Kassab. No entanto, o DUP perdeu a validade no dia 18 de agosto deste ano e a briga e a polêmica se intensificaram.
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Ainda em agosto, Fernando Haddad declarou, em entrevista coletiva na qual a reportagem do R7 estava presente, que o valor de desapropriação sugerido (R$ 100 milhões) inviabiliza que a área seja adquirida pelo governo municipal. Entretanto, o prefeito explicou que a prefeitura estudava a melhor forma de tornar o pedido dos moradores uma realidade.
— Qualquer que seja o desfecho ali, aquela área tem que ter uma dimensão de preservação muito grande. Nós estamos verificando, [mas] os recursos para desapropriar aquela área seriam incompatíveis, é muito dinheiro, muito recurso. Mas nós temos como, pela legislação, preservar a área, sem a necessidade de desapropriá-la. Estamos estudando nesse momento.