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Com quase metade dos casos de dengue em SP, zona norte vive medo de contaminação

Moradores da região relatam preocupação com áreas de risco e comportamento de vizinhos

São Paulo|Do R7

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Quase a metade dos casos de dengue ocorridos na capital paulista nos dois primeiros meses de 2015 está na zona norte. Isso é motivo de preocupação para quem vive em bairros onde a doença é uma ameaça constante. O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (12) mostra que 45% dos casos confirmados na capital até o dia 28 de fevereiro foram registrados na região. Limão, Jaraguá e Brasilândia são os distritos com as maiores incidências Reportagem: Fernando Mellis, do R7
O R7 percorreu diversos bairros da região e o medo é mais evidente nos postos de saúde e prontos-socorros. Nas filas, dezenas de pessoas torcem para que não tenham sido infectadas. Moradora da Freguesia do Ó, Carmen de Souza diz que o fato de saber que amigos ficaram doentes aumenta o temor. — Fico com medo, porque sempre ouço falar que alguém pegou dengue. Eu acho que é por causa desse monte de gente guardando água da chuva sem tomar cuidado
Em uma Unidade Básica de Saúde da região, agentes relatam que em apenas um dia foram confirmados 16 casos
No Jaraguá, bairro com maior incidência de casos de dengue, a costureira Sônia Aparecida Fontebasso conta que ficou mais preocupada ainda quando soube que a manicure dela pegou a doença, há três meses. — O problema é sério. Ninguém quer ter dengue. Eu sempre oriento meus clientes para que tomem cuidado. Na minha casa, tenho cachorros e gatos. Troco a água deles várias vezes durante o dia e à noite esvazio os potes. Todo mundo tem que ter consciência
Diante da crise hídrica, muitos moradores da zona norte — a região é atendida pelo Sistema Cantareira, que está na pior situação — passaram a armazenar água da chuva nos últimos meses. Porém, muitos não tomam os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti
Ana Alves Hornus mora na região de Pirituba e sabe bem o que precisa ser feito para não colocar a saúde dela e dos vizinhos em risco. — Aqui em casa, eu pego água da chuva, mas armazeno nesses tambores com tampa. E também sempre jogo cloro. Tenho cinco cachorros e é essa água que uso para lavar o quintal
A vizinha dela, Vera da Silva, toma os mesmos cuidados, mas teme por locais onde não há quem se preocupe com a água parada. — A nossa parte a gente faz. As minhas caixas que guardam água da chuva são tampadas. Sempre uso para lavar a área onde minhas cadelas ficam. Mas têm terrenos baldios que não são fiscalizados
Vera pediu que um dos vizinhos desse um jeito na caixa d'água que estava acumulando água da chuva e permanecia aberta. Ele decidiu virar a caixa de cabeça para baixo e quebrá-la
Em poucas horas na região, a reportagem flagrou locais propícios para a criação do mosquito, como estes pneus abandonados na rua Encruzilhada do Sul, na Brasilândia
Perto de lá, na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, existe um ferro-velho
Nesta casa, no Jaraguá, uma lona colocada para proteger o carro pode servir de criadouro do mosquito da dengue
As subprefeituras da Freguesia/Brasilândia e Pirituba/Jaraguá afirmaram que fazem serviços constantes de limpeza e contam com o apoio da população, tanto para denunciar locais onde há descarte irregular de entulho, quanto para coibir esse tipo de prática. O contato pode ser feito pelo telefone 156
Na semana passada, agentes de saúde intensificaram as visitas na região da Brasilândia. Eles foram de porta em porta e verificaram se havia locais com água parada. Os funcionários também forneceram telas de proteção para que os moradores possam estocar água da chuva com segurança

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Quase a metade dos casos de dengue ocorridos na capital paulista nos dois primeiros meses de 2015 está na zona norte. Isso é motivo de preocupação para quem vive em bairros onde a doença é uma ameaça constante. O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (12) mostra que 45% dos casos confirmados na capital até o dia 28 de fevereiro foram registrados na região. Limão, Jaraguá e Brasilândia são os distritos com as maiores incidências Reportagem: Fernando Mellis, do R7
O R7 percorreu diversos bairros da região e o medo é mais evidente nos postos de saúde e prontos-socorros. Nas filas, dezenas de pessoas torcem para que não tenham sido infectadas. Moradora da Freguesia do Ó, Carmen de Souza diz que o fato de saber que amigos ficaram doentes aumenta o temor. — Fico com medo, porque sempre ouço falar que alguém pegou dengue. Eu acho que é por causa desse monte de gente guardando água da chuva sem tomar cuidado
Em uma Unidade Básica de Saúde da região, agentes relatam que em apenas um dia foram confirmados 16 casos
No Jaraguá, bairro com maior incidência de casos de dengue, a costureira Sônia Aparecida Fontebasso conta que ficou mais preocupada ainda quando soube que a manicure dela pegou a doença, há três meses. — O problema é sério. Ninguém quer ter dengue. Eu sempre oriento meus clientes para que tomem cuidado. Na minha casa, tenho cachorros e gatos. Troco a água deles várias vezes durante o dia e à noite esvazio os potes. Todo mundo tem que ter consciência
Diante da crise hídrica, muitos moradores da zona norte — a região é atendida pelo Sistema Cantareira, que está na pior situação — passaram a armazenar água da chuva nos últimos meses. Porém, muitos não tomam os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti
Ana Alves Hornus mora na região de Pirituba e sabe bem o que precisa ser feito para não colocar a saúde dela e dos vizinhos em risco. — Aqui em casa, eu pego água da chuva, mas armazeno nesses tambores com tampa. E também sempre jogo cloro. Tenho cinco cachorros e é essa água que uso para lavar o quintal
A vizinha dela, Vera da Silva, toma os mesmos cuidados, mas teme por locais onde não há quem se preocupe com a água parada. — A nossa parte a gente faz. As minhas caixas que guardam água da chuva são tampadas. Sempre uso para lavar a área onde minhas cadelas ficam. Mas têm terrenos baldios que não são fiscalizados
Vera pediu que um dos vizinhos desse um jeito na caixa d'água que estava acumulando água da chuva e permanecia aberta. Ele decidiu virar a caixa de cabeça para baixo e quebrá-la
Em poucas horas na região, a reportagem flagrou locais propícios para a criação do mosquito, como estes pneus abandonados na rua Encruzilhada do Sul, na Brasilândia
Perto de lá, na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, existe um ferro-velho
Nesta casa, no Jaraguá, uma lona colocada para proteger o carro pode servir de criadouro do mosquito da dengue
As subprefeituras da Freguesia/Brasilândia e Pirituba/Jaraguá afirmaram que fazem serviços constantes de limpeza e contam com o apoio da população, tanto para denunciar locais onde há descarte irregular de entulho, quanto para coibir esse tipo de prática. O contato pode ser feito pelo telefone 156
Na semana passada, agentes de saúde intensificaram as visitas na região da Brasilândia. Eles foram de porta em porta e verificaram se havia locais com água parada. Os funcionários também forneceram telas de proteção para que os moradores possam estocar água da chuva com segurança

Quase a metade dos casos de dengue ocorridos na capital paulista nos dois primeiros meses de 2015 está na zona norte. Isso é motivo de preocupação para quem vive em bairros onde a doença é uma ameaça constante. O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (12) mostra que 45% dos casos confirmados na capital até o dia 28 de fevereiro foram registrados na região. Limão, Jaraguá e Brasilândia são os distritos com as maiores incidências Reportagem: Fernando Mellis, do R7

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