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Em Festa Junina na Cracolândia, usuários cantam o Hino Nacional e promovem batucada com latinhas

Ações do evento são de voluntários e as comidas são fruto de doações de moradores e vizinhos

São Paulo|mfrances

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A alameda Dino Bueno, entre as ruas Helvétia e Glete, ganhou decoração diferente e teve um clima mais alegre neste sábado (29). O local, conhecido como Cracolândia por causa da concentração de usuários de crack, recebeu a primeira edição da "Festa Junina da Cracô". Segundo a organização, o evento é independente e cerca de 300 pessoas eram esperadas *Colaborou Thiago Pássaro, estagiário de São Paulo
Albertina Galvão, de 70 anos, conhecida no local por apenas Tina — responsável pelo projeto “Aquele Abraço” e organizadora da festa junina —, começou o evento pegando o microfone para dar voz aos moradores da região. O primeiro a falar agradeceu a oportunidade e logo começou a cantar o Hino Nacional, dando início oficial ao evento
Com o início do hino, diversos participantes foram se reunindo e ajudaram a compor a música com objetos improvisados, como latinhas de cerveja ou refrigerante, caixas de isopor, canecas e um barril de plástico 
O hino, que começou de forma improvisada, ganhou corpo e foi finalizado com alegria entre os que participaram
Tina, como é carinhosamente chamada, disse que o dia foi de "alegria e de reflexão". Ela explicou que todas as ações do evento são de voluntários e as comidas são fruto de doações de moradores e vizinhos.
Além da festa junina, ela também criou o projeto “Aquele Abraço“. Ela conta que a importância do projeto é aproximar os usuários. — Trazer as pessoas para mais próximo, criar um sentimento, para depois passar conhecimento e passar para o serviço público. . 
Depois da proximidade que se cria com o “abraço”, Tina conta que conversa com os usuários e ouve o que eles mais precisam. Segundo ela, o projeto é uma ação de "ouvir as necessidades dos moradores da Cracolândia para depois tomar ações". — Além do banho,  eles pedem mais dignidade e cidadania
Após a abertura do evento, cachorros-quentes começaram a ser distribuídos para quem estava no local. Além disso, houve distribuição de pipoca e docinhos. Apesar do cheiro forte de bebida, o clima estava calmo na região
Arnaldo de Melo, arquiteto e participante do projeto “Aquele Abraço, também esteve presente e afirmou que "vai às ruas porque não me contento com trabalhos acadêmicos” e que faltam políticas públicas.  — As políticas públicas tem que ser feitas com eles e não só para eles. O povo tem o que dizer e eles precisam ser ouvidos.
Questionado sobre a internação compulsória, Melo afirmou que eles são contra. — Não negamos que algumas pessoas precisam de internação, mas isso tem que ser algo voluntário, sem ser radical. E completou que "é preciso se fazer primeiro uma reforma humana para depois fazer uma reforma urbana” 

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A alameda Dino Bueno, entre as ruas Helvétia e Glete, ganhou decoração diferente e teve um clima mais alegre neste sábado (29). O local, conhecido como Cracolândia por causa da concentração de usuários de crack, recebeu a primeira edição da "Festa Junina da Cracô". Segundo a organização, o evento é independente e cerca de 300 pessoas eram esperadas *Colaborou Thiago Pássaro, estagiário de São Paulo
Albertina Galvão, de 70 anos, conhecida no local por apenas Tina — responsável pelo projeto “Aquele Abraço” e organizadora da festa junina —, começou o evento pegando o microfone para dar voz aos moradores da região. O primeiro a falar agradeceu a oportunidade e logo começou a cantar o Hino Nacional, dando início oficial ao evento
Com o início do hino, diversos participantes foram se reunindo e ajudaram a compor a música com objetos improvisados, como latinhas de cerveja ou refrigerante, caixas de isopor, canecas e um barril de plástico 
O hino, que começou de forma improvisada, ganhou corpo e foi finalizado com alegria entre os que participaram
Tina, como é carinhosamente chamada, disse que o dia foi de "alegria e de reflexão". Ela explicou que todas as ações do evento são de voluntários e as comidas são fruto de doações de moradores e vizinhos.
Além da festa junina, ela também criou o projeto “Aquele Abraço“. Ela conta que a importância do projeto é aproximar os usuários. — Trazer as pessoas para mais próximo, criar um sentimento, para depois passar conhecimento e passar para o serviço público. . 
Depois da proximidade que se cria com o “abraço”, Tina conta que conversa com os usuários e ouve o que eles mais precisam. Segundo ela, o projeto é uma ação de "ouvir as necessidades dos moradores da Cracolândia para depois tomar ações". — Além do banho,  eles pedem mais dignidade e cidadania
Após a abertura do evento, cachorros-quentes começaram a ser distribuídos para quem estava no local. Além disso, houve distribuição de pipoca e docinhos. Apesar do cheiro forte de bebida, o clima estava calmo na região
Arnaldo de Melo, arquiteto e participante do projeto “Aquele Abraço, também esteve presente e afirmou que "vai às ruas porque não me contento com trabalhos acadêmicos” e que faltam políticas públicas.  — As políticas públicas tem que ser feitas com eles e não só para eles. O povo tem o que dizer e eles precisam ser ouvidos.
Questionado sobre a internação compulsória, Melo afirmou que eles são contra. — Não negamos que algumas pessoas precisam de internação, mas isso tem que ser algo voluntário, sem ser radical. E completou que "é preciso se fazer primeiro uma reforma humana para depois fazer uma reforma urbana” 

A alameda Dino Bueno, entre as ruas Helvétia e Glete, ganhou decoração diferente e teve um clima mais alegre neste sábado (29). O local, conhecido como Cracolândia por causa da concentração de usuários de crack, recebeu a primeira edição da "Festa Junina da Cracô". Segundo a organização, o evento é independente e cerca de 300 pessoas eram esperadas *Colaborou Thiago Pássaro, estagiário de São Paulo

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