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Greve dos metroviários chega ao segundo dia e funcionários entram em confronto com a polícia

Passageiros encontraram diversas estações fechadas nesta sexta-feira

São Paulo|Do R7

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A greve dos metroviários entrou no segundo dia de paralisação, nesta sexta-feira (6). A exemplo de ontem, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionam parcialmente nesta manhã. Linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente, segundo o Metrô
Esta manhã foi marcada pela realização de piquetes nas estações. Os grevistas tentaram impedir que funcionários que não aderiram ao movimento iniciassem os trabalhos em estações como Bresser e Ana Rosa
Na Ana Rosa houve confronto entre PM e trabalhadores por volta das 6h30 desta sexta
De acordo com a PM, os funcionários entraram na estação para impedir a abertura do local e a polícia precisou fazer “uso moderado da força”. Foram utilizadas balas de borracha e cassetete
Ao menos dois grevistas ficaram feridos e uma pessoa foi detida por desacato
Além do ocorrido na Ana Rosa, também houve um princípio de tumulto na estação Brás. Um usuário tentou derrubar um portão de acesso
O homem foi detido por seguranças da estação
Na Ana Rosa, na região da Vila Mariana, o movimento foi intenso durante toda a manhã. No local, há o terminal de ônibus, e como a estação funcionou ontem, os passageiros acreditavam que ela estaria aberta nesta sexta, o que só ocorreu por volta das 8h30. No entanto, quem chegou mais cedo, se deparou com os portões fechados, como uma aposentada, que não quis se identificar. A senhora, que estava em jejum para a realização de exames em um hospital na avenida Vergueiro, saiu da região da Cursino, pegou dois ônibus até a estação Ana Rosa e não conseguiu concluir seu trajeto. — A maior palhaçada
Ana Maria Porto, analista contábil, 40 anos, também não conseguiu pegar o metrô para chegar ao seu destino. Ela mora no Jabaquara e trabalha na região da Paulista. Normalmente, com um ônibus e metrô, Ana leva meia hora de casa até o trabalho. Nesta sexta, ela levou duas horas somente para chegar até a estação Ana Rosa. — Foram duas horas de lotação, saí de casa às 6h, peguei lotação no Jabaquara e vim pra cá porque falaram que estava aberto. Agora não sei o que faço para chegar na Paulista
Na estação Jabaquara, na zona sul, a situação era semelhante. Nenhum trem deixou a estação nesta manhã
Com os portões fechados, os passageiros precisaram de paciência para chegar ao trabalho
Andreia Camilo, 34 anos, secretária, mora em Mauá e trabalha na saúde. Normalmente, ela leva uma hora e 30 minutos para realizar esse trajeto. Hoje, saiu de sua casa às 7h15 para chegar às 9h, mas às 9h30 ela ainda estava na estação Jabaquara.  — Ontem, primeiro dia da greve, cheguei às 11h e, para voltar, consegui carona. Hoje não vou conseguir chegar porque não consegui acesso aos pontos de ônibus porque é muita gente e os ônibus não estão parando porque estão lotados
Edilene Araújo, 34 anos, bancária, desistiu de ir para o trabalho e vai voltar para casa. No entanto, como ontem ela também não conseguiu chegar ao trabalho, a bancária está preocupada.  — Estou tentando não ser punida porque hoje é o segundo dia. Ontem eu conversei, não tinha como chegar, ainda consegui ficar em casa. Mas hoje a situação está pior, então, seria o segundo dia e eu posso ser descontada disso
José Carlos Pereira, 51 anos, vendedor, mora em Interlagos e deveria chegar em Sapopemba para trabalhar. Normalmente, ele leva entre duas horas e 30 minutos e três horas para fazer esse trajeto. Ontem, sem conseguir chegar, foi liberado. Hoje, tentou caminhos diferentes, mas não conseguiu e irá, mais uma vez, voltar para casa.  — Já avisei ao supervisor que não tenho condições de chegar lá. Vou para casa ver o que consigo fazer
Francisco Gonçalves Cardoso Júnior, office boy, mora em São Bernardo do Campo e trabalha na Sé. Ele costuma levar uma hora e 30 minutos para chegar e está preocupado em ficar com falta nesta sexta. — Eu já não fui ontem, já não vou hoje. Eu vou perder dois dias? O governo vai abonar esses dois dias que eu não fui trabalhar? É revoltante 
Sem o metrô, as estações da CPTM ficaram completamente lotadas. A Luz (foto) foi uma delas. Mesmo fora do horário de pico, o movimento era muito acima da média
No entanto, no meio desse caos, Kelly Nunes, 28 anos, faturista, chegou à Luz em 25 minutos de Itaquera, zona leste. Kelly estava indo para a estação Paraíso. — Eu acho que o pessoal não está vindo trabalhar ou está optando ir de carro ou se arriscando nos ônibus
Na estação Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o movimento na CPTM também era intenso
Sara Cristina Martins, 35 anos, bancária, fez um horário alternativo nesta sexta-feira após demorar quase quatro vezes mais para chegar ao trabalho na quinta-feira. Hoje, Sara trabalhou durante a madrugada, das 3h às 11h. O banco mandou um carro para buscá-la e ela usou o trem para voltar.   — Ontem, quando eu vim no meu horário normal, demorei quatro horas em um trajeto de 50 minutos 
Também na Luz, a técnica em enfermagem Juvanina Silva, de 51 anos, mora em Osasco, na Grande São Paulo, e trabalha na estação São Joaquim, na zona sul. Normalmente, ela leva duas horas para chegar ao serviço. Nesta sexta-feira, ela saiu quase duas horas mais cedo e quatro horas depois ainda estava na estação Barra Funda. — Ontem eu não fui ao trabalho porque não consegui, por causa do trânsito. Hoje tenho que ir de qualquer jeito. Eu saí de casa às 8h30, o trânsito está infernal 
A situação dos ônibus também ficou complicada por causa da greve. Os pontos ficaram lotados nesta manhã
Joselma Lima, 26 anos, diarista, mora no Campo Limpo e trabalha no Alto do Ipiranga. Ela costuma pegar ônibus e metrô e leva duas horas para fazer o trajeto entre um local e outro. Joselma sai de casa às 6h e chega às 8h no trabalho. No entanto, nesta sexta-feira, às 8h ela ainda estava no terminal Ana Rosa tentando pegar um ônibus. A diarista chegou da estação Paraíso a pé. — O caos. Horrível! Vontade de chutar, chorar e de xingar todo mundo, mas o que adianta? Estou aqui ainda e já era para estar no trabalho
Diante da situação, muitos usuários acabaram esperando a abertura dos portões de estações como a Tatuapé, na zona leste
São Paulo registrou 239 km de congestionamento às 10h de sexta-feira (6) e estabeleceu a pior marca do ano, no período que vai das 7h às 10h, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A chuva, suspensão de rodízio e acidente na Radial Leste foram os principais motivos para que o trânsito ficasse caótico. Esse recorde é o terceiro pior da história para uma manhã. As duas piores marcas foram registradas em 2012, quando a capital chegou a 249 km, no dia 23 de maio, e 245 km em 11 de novembro
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, voltou a criticar a paralisação dos metroviários. Para Fernandes, o sindicato "radicalizou" ao promover piquetes em algumas estações

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A greve dos metroviários entrou no segundo dia de paralisação, nesta sexta-feira (6). A exemplo de ontem, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionam parcialmente nesta manhã. Linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente, segundo o Metrô
Esta manhã foi marcada pela realização de piquetes nas estações. Os grevistas tentaram impedir que funcionários que não aderiram ao movimento iniciassem os trabalhos em estações como Bresser e Ana Rosa
Na Ana Rosa houve confronto entre PM e trabalhadores por volta das 6h30 desta sexta
De acordo com a PM, os funcionários entraram na estação para impedir a abertura do local e a polícia precisou fazer “uso moderado da força”. Foram utilizadas balas de borracha e cassetete
Ao menos dois grevistas ficaram feridos e uma pessoa foi detida por desacato
Além do ocorrido na Ana Rosa, também houve um princípio de tumulto na estação Brás. Um usuário tentou derrubar um portão de acesso
O homem foi detido por seguranças da estação
Na Ana Rosa, na região da Vila Mariana, o movimento foi intenso durante toda a manhã. No local, há o terminal de ônibus, e como a estação funcionou ontem, os passageiros acreditavam que ela estaria aberta nesta sexta, o que só ocorreu por volta das 8h30. No entanto, quem chegou mais cedo, se deparou com os portões fechados, como uma aposentada, que não quis se identificar. A senhora, que estava em jejum para a realização de exames em um hospital na avenida Vergueiro, saiu da região da Cursino, pegou dois ônibus até a estação Ana Rosa e não conseguiu concluir seu trajeto. — A maior palhaçada
Ana Maria Porto, analista contábil, 40 anos, também não conseguiu pegar o metrô para chegar ao seu destino. Ela mora no Jabaquara e trabalha na região da Paulista. Normalmente, com um ônibus e metrô, Ana leva meia hora de casa até o trabalho. Nesta sexta, ela levou duas horas somente para chegar até a estação Ana Rosa. — Foram duas horas de lotação, saí de casa às 6h, peguei lotação no Jabaquara e vim pra cá porque falaram que estava aberto. Agora não sei o que faço para chegar na Paulista
Na estação Jabaquara, na zona sul, a situação era semelhante. Nenhum trem deixou a estação nesta manhã
Com os portões fechados, os passageiros precisaram de paciência para chegar ao trabalho
Andreia Camilo, 34 anos, secretária, mora em Mauá e trabalha na saúde. Normalmente, ela leva uma hora e 30 minutos para realizar esse trajeto. Hoje, saiu de sua casa às 7h15 para chegar às 9h, mas às 9h30 ela ainda estava na estação Jabaquara.  — Ontem, primeiro dia da greve, cheguei às 11h e, para voltar, consegui carona. Hoje não vou conseguir chegar porque não consegui acesso aos pontos de ônibus porque é muita gente e os ônibus não estão parando porque estão lotados
Edilene Araújo, 34 anos, bancária, desistiu de ir para o trabalho e vai voltar para casa. No entanto, como ontem ela também não conseguiu chegar ao trabalho, a bancária está preocupada.  — Estou tentando não ser punida porque hoje é o segundo dia. Ontem eu conversei, não tinha como chegar, ainda consegui ficar em casa. Mas hoje a situação está pior, então, seria o segundo dia e eu posso ser descontada disso
José Carlos Pereira, 51 anos, vendedor, mora em Interlagos e deveria chegar em Sapopemba para trabalhar. Normalmente, ele leva entre duas horas e 30 minutos e três horas para fazer esse trajeto. Ontem, sem conseguir chegar, foi liberado. Hoje, tentou caminhos diferentes, mas não conseguiu e irá, mais uma vez, voltar para casa.  — Já avisei ao supervisor que não tenho condições de chegar lá. Vou para casa ver o que consigo fazer
Francisco Gonçalves Cardoso Júnior, office boy, mora em São Bernardo do Campo e trabalha na Sé. Ele costuma levar uma hora e 30 minutos para chegar e está preocupado em ficar com falta nesta sexta. — Eu já não fui ontem, já não vou hoje. Eu vou perder dois dias? O governo vai abonar esses dois dias que eu não fui trabalhar? É revoltante 
Sem o metrô, as estações da CPTM ficaram completamente lotadas. A Luz (foto) foi uma delas. Mesmo fora do horário de pico, o movimento era muito acima da média
No entanto, no meio desse caos, Kelly Nunes, 28 anos, faturista, chegou à Luz em 25 minutos de Itaquera, zona leste. Kelly estava indo para a estação Paraíso. — Eu acho que o pessoal não está vindo trabalhar ou está optando ir de carro ou se arriscando nos ônibus
Na estação Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o movimento na CPTM também era intenso
Sara Cristina Martins, 35 anos, bancária, fez um horário alternativo nesta sexta-feira após demorar quase quatro vezes mais para chegar ao trabalho na quinta-feira. Hoje, Sara trabalhou durante a madrugada, das 3h às 11h. O banco mandou um carro para buscá-la e ela usou o trem para voltar.   — Ontem, quando eu vim no meu horário normal, demorei quatro horas em um trajeto de 50 minutos 
Também na Luz, a técnica em enfermagem Juvanina Silva, de 51 anos, mora em Osasco, na Grande São Paulo, e trabalha na estação São Joaquim, na zona sul. Normalmente, ela leva duas horas para chegar ao serviço. Nesta sexta-feira, ela saiu quase duas horas mais cedo e quatro horas depois ainda estava na estação Barra Funda. — Ontem eu não fui ao trabalho porque não consegui, por causa do trânsito. Hoje tenho que ir de qualquer jeito. Eu saí de casa às 8h30, o trânsito está infernal 
A situação dos ônibus também ficou complicada por causa da greve. Os pontos ficaram lotados nesta manhã
Joselma Lima, 26 anos, diarista, mora no Campo Limpo e trabalha no Alto do Ipiranga. Ela costuma pegar ônibus e metrô e leva duas horas para fazer o trajeto entre um local e outro. Joselma sai de casa às 6h e chega às 8h no trabalho. No entanto, nesta sexta-feira, às 8h ela ainda estava no terminal Ana Rosa tentando pegar um ônibus. A diarista chegou da estação Paraíso a pé. — O caos. Horrível! Vontade de chutar, chorar e de xingar todo mundo, mas o que adianta? Estou aqui ainda e já era para estar no trabalho
Diante da situação, muitos usuários acabaram esperando a abertura dos portões de estações como a Tatuapé, na zona leste
São Paulo registrou 239 km de congestionamento às 10h de sexta-feira (6) e estabeleceu a pior marca do ano, no período que vai das 7h às 10h, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A chuva, suspensão de rodízio e acidente na Radial Leste foram os principais motivos para que o trânsito ficasse caótico. Esse recorde é o terceiro pior da história para uma manhã. As duas piores marcas foram registradas em 2012, quando a capital chegou a 249 km, no dia 23 de maio, e 245 km em 11 de novembro
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, voltou a criticar a paralisação dos metroviários. Para Fernandes, o sindicato "radicalizou" ao promover piquetes em algumas estações

A greve dos metroviários entrou no segundo dia de paralisação, nesta sexta-feira (6). A exemplo de ontem, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionam parcialmente nesta manhã. Linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente, segundo o Metrô

A greve dos metroviários entrou no segundo dia de paralisação, nesta sexta-feira (6). A exemplo de ontem, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionam parcialmente nesta manhã. Linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente, segundo o Metrô

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