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Presos policiais militares acusados de matar pichadores na Mooca

Documentos mostram que PMs teriam executado e forjado uma troca de tiros com jovens

São Paulo|cisantos

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Cinco PMs (Policiais Militares) envolvidos na morte de dois pichadores no bairro da Mooca, zona leste de SP, em julho de 2014, foram presos neste sábado (25) e encaminhados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte de São Paulo.  O tenente Danilo Keity Matsuoka (foto à esquerda), o sargento Almicezar Silva (foto à direita) e os cabos Adilson Perez Segalla, André de Figueiredo Pereira e Robson Oliva Costa, da Força Tática do 21º Batalhão, são acusados de executar a tiros Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33
A dupla foi morta depois de invadir um prédio na avenida Paes de Barros para pichar. Porém, o zelador do prédio desconfiou dos dois e chamou a polícia. Na época, a PM afirmou ter havido uma troca de tiros, na qual um dos policiais saiu ferido. Armas que estariam de posse dos pichadores foram apresentadas na delegacia
A intenção da dupla de pichar, e não roubar, o prédio onde ocorreu o crime foi confirmada por meio de mensagens de voz em um aplicativo de celular
 Familiares e parentes das vítimas contestaram desde o início a versão dos policiais.  A mulher de Alex Dalla Vecchia Costa, 32 anos disse durante o velório da vítima que o ex-companheiro iria pichar, e não assaltar o edifício. Segundo Érica Anizia, a ação da polícia foi desproporcional e criminosa. Costa deixou dois filhos
Documentos exibidos com exclusividade pela Rede Record em fevereiro deste ano contestam a versão dos policiais envolvidos na ação. No inquérito há o depoimento de dois PMs que estavam no prédio, que acusam os próprios colegas. Na versão das testemunhas, os dois pichadores já estavam dominados pelos policiais. De acordo com a versão que consta no inquérito, um dos policiais disse que os dois indivíduos foram rendidos "com as mãos para trás e deitados com os rostos voltados para o chão ainda vivos". As testemunhas, que têm os nomes em sigilo, afirmam que receberam ordens para deixar o local e só souberam que houve disparo de arma de fogo quando já estavam no batalhão
A base de investigação teria sido as imagens das câmeras de segurança do prédio, que não contemplam os corredores. As imagens poderiam confirmar que os jovens estariam vivos durante a rendição
A reportagem também teve acesso à carta de uma terceira testemunha que afirma que a dupla de pixadores foi executada. De acordo com o documento, os rapazes foram rendidos enquanto chamavam o elevador e levados para o apartamento do zelador, onde haveria tido uma discussão sobre quem participaria da execução. O documento ainda diz que em um momento de irritação, o tenente Matsuoka teria levado Ailton para o quarto e o executado. Em pânico, na cozinha, Alex teria gritado "por favor, não me mate, sou só pixador, não sou ladrão"
A mesma carta relata que o tiro no braço que um dos policiais recebeu partiu da arma que matou Alex e atravessou o corpo do pixador, acertando o PM. Policiais afirmaram que a bala partiu da arma de um dos pichadores, porém a perícia afirma que o calibre da bala encontrada no braço do sargento Almicezar Silva é o mesmo das armas usadas pela polícia e não corresponde com o calibre das armas apresentadas na delegacia como sendo dos pichadores O crime está sendo tratado pela Justiça Comum, já que envolve civis, por isso a Corregedoria não está mais envolvida no caso

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Cinco PMs (Policiais Militares) envolvidos na morte de dois pichadores no bairro da Mooca, zona leste de SP, em julho de 2014, foram presos neste sábado (25) e encaminhados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte de São Paulo.  O tenente Danilo Keity Matsuoka (foto à esquerda), o sargento Almicezar Silva (foto à direita) e os cabos Adilson Perez Segalla, André de Figueiredo Pereira e Robson Oliva Costa, da Força Tática do 21º Batalhão, são acusados de executar a tiros Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33
A dupla foi morta depois de invadir um prédio na avenida Paes de Barros para pichar. Porém, o zelador do prédio desconfiou dos dois e chamou a polícia. Na época, a PM afirmou ter havido uma troca de tiros, na qual um dos policiais saiu ferido. Armas que estariam de posse dos pichadores foram apresentadas na delegacia
A intenção da dupla de pichar, e não roubar, o prédio onde ocorreu o crime foi confirmada por meio de mensagens de voz em um aplicativo de celular
 Familiares e parentes das vítimas contestaram desde o início a versão dos policiais.  A mulher de Alex Dalla Vecchia Costa, 32 anos disse durante o velório da vítima que o ex-companheiro iria pichar, e não assaltar o edifício. Segundo Érica Anizia, a ação da polícia foi desproporcional e criminosa. Costa deixou dois filhos
Documentos exibidos com exclusividade pela Rede Record em fevereiro deste ano contestam a versão dos policiais envolvidos na ação. No inquérito há o depoimento de dois PMs que estavam no prédio, que acusam os próprios colegas. Na versão das testemunhas, os dois pichadores já estavam dominados pelos policiais. De acordo com a versão que consta no inquérito, um dos policiais disse que os dois indivíduos foram rendidos "com as mãos para trás e deitados com os rostos voltados para o chão ainda vivos". As testemunhas, que têm os nomes em sigilo, afirmam que receberam ordens para deixar o local e só souberam que houve disparo de arma de fogo quando já estavam no batalhão
A base de investigação teria sido as imagens das câmeras de segurança do prédio, que não contemplam os corredores. As imagens poderiam confirmar que os jovens estariam vivos durante a rendição
A reportagem também teve acesso à carta de uma terceira testemunha que afirma que a dupla de pixadores foi executada. De acordo com o documento, os rapazes foram rendidos enquanto chamavam o elevador e levados para o apartamento do zelador, onde haveria tido uma discussão sobre quem participaria da execução. O documento ainda diz que em um momento de irritação, o tenente Matsuoka teria levado Ailton para o quarto e o executado. Em pânico, na cozinha, Alex teria gritado "por favor, não me mate, sou só pixador, não sou ladrão"
A mesma carta relata que o tiro no braço que um dos policiais recebeu partiu da arma que matou Alex e atravessou o corpo do pixador, acertando o PM. Policiais afirmaram que a bala partiu da arma de um dos pichadores, porém a perícia afirma que o calibre da bala encontrada no braço do sargento Almicezar Silva é o mesmo das armas usadas pela polícia e não corresponde com o calibre das armas apresentadas na delegacia como sendo dos pichadores O crime está sendo tratado pela Justiça Comum, já que envolve civis, por isso a Corregedoria não está mais envolvida no caso

Cinco PMs (Policiais Militares) envolvidos na morte de dois pichadores no bairro da Mooca, zona leste de SP, em julho de 2014, foram presos neste sábado (25) e encaminhados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte de São Paulo.  O tenente Danilo Keity Matsuoka (foto à esquerda), o sargento Almicezar Silva (foto à direita) e os cabos Adilson Perez Segalla, André de Figueiredo Pereira e Robson Oliva Costa, da Força Tática do 21º Batalhão, são acusados de executar a tiros Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33

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