A mãe de uma das vítimas da chacina que matou cinco pessoas em 21 de outubrodisse que o suposto perfil falso que teria atraido os meninos para a "festa" em Ribeirão Pires era de uma garota real.
Segundo ela, a jovem enviava fotos e vídeos nua com os nomes dos garotos escritos nas partes do corpo. Nas imagens, ela não mostrava o rosto.
— A garota que convidou os meninos para a festa, naquela noite, não era a personagem de um perfil falso no Facebook: ela existia. Enviava fotos nua para eles, escrevia os nomes deles pelo corpo. Ela fez parte da emboscada, e queremos que seja punida.
Adriana também contou sobre como foram as primeiras conversas com o departamento de Segurança do Estado após o caso. Segundo ela, quem deu a notícia sobre a morte do filho foi a imprensa.
— Quem me ligou para dizer que meu filho havia morrido foi um repórter. Ninguém se manifestou, nem se preocupou em informar a gente antes de informar a imprensa. Foi um choque.
A mãe de Jonathan disse que foi ela quem pediu à SSP (Secretaria de Segurança Pública) o helicóptero águia para ajudar nas buscas, uma vez que a polícia não havia se prontificado em colaborar efetivamente com as investigações.
Linha de investigação
Um guarda-civil foi preso sob a suspeita de participar do crime. Essa linha de investigação tem relação com a morte Rodrigo Lopes Sabino, 30 anos, GCM de Santo André (Grande SP). Sabino era agente de segurança de Oswana Fameli, prefeita em exercício da cidade no ABC paulista.
A suspeita é que a festa em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, para a qual iam os jovens quando desapareceram, tenha sido uma armadilha para atrair e matar um dos cinco amigos: Caique Henrique Machado Silva, a quem guardas-civis de Santo André atribuíam a morte do GCM Rodrigo.