O governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (29), o aumento da vazão do reservatório Rio Grande — uma das sete bacias que abastecem a Grande São Paulo. Com a medida, a gestão Geraldo Alckmin pretende reduzir o número de regiões ligadas ao sistema Cantareira.
A ampliação no reservatório Rio Grande será de de 5 m³/s para 5,5 m³/s, segundo o governador.
— Hoje [esta segunda-feira] entra em operação mais 0,5 m³/s do Rio Grande — afirmou o Alckmin, em visita à estação de tratamento de água do reservatório — A bacia vai fornecer água a bairros do ABC que eram abastecidos pelo reservatório Rio Claro. Com isso, Rio Claro passa a abastecer regiões da zona leste, como a Vila Alpina, que eram abastecidos pelo Cantareira.
Atualmente o sistema Rio Grande está com 77,1% de sua capacidade, enquanto o Cantareira está com 7,0%.
De acordo com Alckmin, até o final de outubro, o sistema Guarapiranga também terá sua vazão ampliada.
— Daqui a 30 dias teremos mais 1 m³/s do Guarapiranga substituindo o Cantareira. Somados, o aumento da vazão do Guarapiranga e do Rio Grande é capaz de abastecer uma cidade de 450 mil habitantes. É como se produzíssemos água suficiente para Florianópolis.
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Com o aumento de vazão e outras medidas, o governo espera que não seja necessário o uso da segunda cota do volume morto no Cantareira.
Ao lado do governador na manhã desta segunda-feira, o secretário de recursos hídricos Mauro Arce, que havia previsto que a segunda cota pudesse ser necessária a partir de 21 de novembro, voltou atrás:
— Eu não vou entrar em números. Eu espero que não precise usar, mas se precisar nos vamos estar preparados — afirmou.
*Com informações do repórter Fernando Mellis