Testemunha gravou homem agonizando e gritando por socorro
Reprodução/ Rede Record
Um homem de 48 anos morreu na madrugada da última quarta-feira (16), no bairro Colônia Japonesa, na zona leste, depois de ter sido largado, passando mal, na porta do Hospital Santo Expedito. A família diz que o hospital poderia ter salvado a vida do paciente.
O delegado José Francisco Rodrigues Filho, titular do 53º DP (Parque do Carmo), que investiga o caso, instaurou inquérito para apurar se houve omissão de socorro. O caso foi registrado como morte suspeita.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma testemunha afirma que Nelson França teria passado mal dentro de uma lotação e sido deixado, pelo cobrador do ônibus, na frente do hospital. O funcionário do coletivo pediu ajuda aos empregados do ambulatório. Dois enfermeiros chegaram a colocar luvas para atender França, mas foram impedidos por um colega de realizar o atendimento fora da unidade.
A testemunha, então, foi pedir ajuda a uma base da Polícia Militar. O enfermeiro informou aos PMs que chamou o atendimento médico para atender à vítima e que os procedimentos de praxe haviam sido realizados.
Uma unidade de resgate foi chamada e prestou os primeiros socorros à vítima, que foi encaminhada a outro hospital da região, mas não resistiu.
A família quer que o hospital assuma a responsabilidade pela morte do vigilante. Em nota, o estabelecimento diz ter determinado abertura de sindicância para apurar o ocorrido, mas a diretoria do hospital já responsabiliza o cobrador do ônibus que, "caso tivesse adentrado ao pronto-socorro, distante 150 metros do local, este fato não teria ocorrido".