Dois manifestantes presos durante um protesto realizado na última segunda-feira (23) na avenida Paulista tiveram o pedidos de habeas corpus negado e a prisão preventiva decretada pelo juiz Sandro Rafael Barbosa Pacheco, do Departamento de Inquéritos Policiais. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, o professor Rafael Marques Lusvarghi, 29, e o funcionário da USP Fábio Hideki Harano, 26, podem permanecer preso até o julgamento sem data definida.
O caso foi registrado no DEIC (Delegacia Geral de Polícia Civil) como posse ilegal de artefato explosivo, associação ao crime, incitação da violência, resistência à prisão e desacato à autoridade. Se o caso for à julgamento, a soma de todos os crimes pode chegar há oito anos e seis meses de prisão.
Rafael Lusvarghi está no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, zona oeste da capital, e Fábio Harano foi transferido para o presídio de Tremembé, interior do Estado. Nesta quinta-feira (26), um grupo realizou um protesto no período da manhã, contra as prisões, saindo do portão principal da USP (Universidade de São Paulo) com destino ao Palácio dos Bandeirantes. No fim da tarde, o cerca de 300 pessoas se reuniram na avenida Paulista para um novo protesto.