Justiça autoriza transferência de Marcola para regime prisional mais rígido
Pedido foi aceito após polícia descobrir plano ousado de fuga montado por facção criminosa
São Paulo|Do R7
A Justiça determinou na noite de segunda-feira (10) a transferência para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) de quatro chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital), entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Atualmente todos estão presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista. Provavelmente, o grupo irá para o presídio de Presidente Bernardes, também no interior do Estado.
Segundo nota do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), "o juízo da 5ª Vara de Execuções Criminais decretou ontem (10) cautelarmente, por 60 dias, a internação no do preso Marcola e mais três outros". Os pedidos de RDD foram feitos pelos secretários da SSP (Secretaria de Segurança Pública) e da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), antes do Carnaval. Não há outras informações pois o processo corre em segredo de Justiça.
A autorização foi concedida após a descoberta de um plano ousado de fuga que pretendia resgatar os chefes do PCC de dentro do presídio com um helicóptero camuflato da Polícia Militar. A ação ousada foi descoberta pela inteligência das polícia Civil e Militar de São Paulo e pelo MPE (Ministério Público Estadual).
Agora a transferência dos presos fica por conta da SAP. Procurada pelo R7, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que ainda não recebeu a decisão judicial.
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Pedido negado
Na última sexta-feira (7), outro juiz havia negado outro pedido de transferência de Marcola, para este mesmo tipo regime, feito outubro pelo secretário executivo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Everton Zanella, após investigação da facção com escutas telefônicas. Na época, porém, não havia a informação, divulgada no dia 26 do mês passado, de que a facção pretendia utilizar helicópteros para retirar no dia 1º de março o preso da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. A ameaça mobilizou as forças de segurança paulista, que decidiram montar campana em uma mata próxima.
Após a divulgação do plano, o governo anunciou que faria um novo pedido de inclusão de Marcola no RDD. A expectativa era de que o caso já influenciasse uma decisão judicial — que acabou sendo contrária nesse caso.
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