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Mãe de Bianca Consoli é a primeira testemunha a ser ouvida no júri de Sandro Dota

Marta Consoli pediu para que o motoboy deixasse o plenário durante o seu depoimento

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Mãe de Bianca Consoli, antes do início do júri, que não dormiu
Mãe de Bianca Consoli, antes do início do júri, que não dormiu

Marta Consoli, mãe de Bianca Consoli, foi a primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do motoboy Sandro Dota, que começa nesta terça-feira (23). A mãe da vítima pediu para que o acusado deixasse o plenário enquanto prestava depoimento.

Pouco depois do início do depoimento, a defesa e acusação participaram de um bate-boca na frente do júri. A confusão teria começado porque Marta afirmou que uma testemunha, amiga da Bianca — que estava protegida —, não compareceu ao julgamento porque foi ameaçada pelo acusado.

— Ela me disse por telefone que, após a última audiência, ela foi ameaçada. Disse que faria com ela pior do que ele fez com a minha filha.

A acusação da mãe da vítima foi refutada pela defesa do motoboy.


Formação do júri

Quatro homens e três mulheres formam o Conselho de Sentença que definirá o futuro do motoboy. Sandro Dota é acusado de matar e estuprar a universitária Bianca, 19 anos, em setembro de 2011. A vítima foi atacada em casa, no Parque São Rafael, zona leste da capital paulista.


Os sete jurados foram sorteados entre os 35 convocados pela Justiça de São Paulo. O Conselho de Sentença foi instalado pela juíza Fernanda Afonso de Almeida, que presidirá o júri. Durante o processo, tanto defesa quanto acusação tiveram o direito de recusar, por três vezes, o jurado sorteado.

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Ao todo, 17 testemunhas foram convocadas: cinco de acusação, seis da defesa, três comuns e três do juízo. Entre elas estão familiares da vítima, policiais e quatro peritas do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico Legal).

O crime

O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.

Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus.

Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a estudante.

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As investigações apontaram o motoboy Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.

O motoboy nega as acusações e se diz inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.

Em agosto do ano passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para a polícia, o crime teve motivação sexual.

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