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Mãe de Joaquim admite pela primeira vez que padrasto pode ter matado o menino

Promotor que acompanha o caso afirma que ela pode responder por omissão

São Paulo|Do R7, com SP no Ar e Estadão Conteúdo

Mãe e Padrasto viviam com Joaquim em uma casa em Ribeirão Preto, no interior paulista
Mãe e Padrasto viviam com Joaquim em uma casa em Ribeirão Preto, no interior paulista Mãe e Padrasto viviam com Joaquim em uma casa em Ribeirão Preto, no interior paulista

A psicóloga Natália Mingoni Ponte, mãe de Joaquim Ponte Marques, encontrado boiando em um rio no interior de São Paulo, admitiu pela primeira vez que o marido e padrasto da criança, Guilherme Longo, pode ter matado o menino. Ela disse isso à polícia na semana passada, durante um depoimento, mas só agora a informação se tornou pública. 

O padrasto é o principal suspeito da morte da criança de três anos. Ele está preso preventivamente desde que o corpo do menino foi encontrado no dia 10 de novembro. A criança havia sumido cinco dias antes. Natália também está presa por suspeita de participação no crime. 

Durante uma conversa, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, perguntou se, diante de todos os fatos apurados, ela acreditava que o marido pudesse ter matado Joaquim e ela confirmou. A declaração de Natália foi dada à polícia no dia 18. A afirmação é vista como importante para ajudar a elucidar o caso. Ela ainda reafirmou que Longo era ciumento e agressivo.

Polícia analisa ligações feitas no dia em que Joaquim desapareceu

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Padrasto de Joaquim já pode ser indiciado, diz polícia

A possibilidade de uma dose excessiva de insulina continua sendo a principal hipótese para a morte do garoto, que era diabético. Mas, segundo a polícia, para afirmar isso será necessário juntar mais provas.

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Mesmo que a mãe não tenha participado do sumiço do filho, ela poderá responder por omissão, segundo o Ministério Público. Isso porque declarou que sabia dos riscos aos quais Joaquim estava exposto ao ficar na companhia do padrasto.

Para o promotor Marcus Túlio Nicolino, se o menino corria perigo, caberia à mãe tomar medidas para garantir a sua segurança. Novas provas estão sendo colhidas e faltam laudos feitos em tecidos retirados do corpo da criança.

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Nesta segunda-feira (25), a polícia ouviu uma amiga de Natália para saber como era a relação do casal, mas o depoimento não acrescentou muito às investigações, segundo o delegado Paulo Henrique de Castro. Também seriam ouvidos os policiais militares que atenderam ao chamado no dia do desaparecimento de Joaquim.

A polícia decidiu pedir a quebra de sigilo de mais números de telefone de pessoas ligadas ao casal. A intenção, segundo o delegado, é juntar o máximo de informação para confrontar com os depoimentos prestados por Natália e Longo.

— A intenção é saber exatamente com quem eles falaram na noite em que Joaquim desapareceu.

O delegado espera concluir o inquérito até o fim do mês. 

Reconstituição

Guilherme Longo participou de uma reconstituição do crime na última sexta-feira (22). O trabalho da polícia durou cerca de duas horas. O padrasto foi hostilizado pela população que compareceu ao local.

A mãe da criança, Natália Ponte, não participou da simulação. Segundo Paulo Henrique Martins de Castro, delegado que investiga o caso, não havia necessidade da presença dela na reconstituição. O promotor do caso, Marcus Tulio Alves Nicolino, declarou que a simulação reforçou a tese da polícia de que não houve participação de "estranhos no evento". Segundo Nicolino, Longo e Natália continuam sendo os principais suspeitos. 

Imagens divulgadas pela polícia mostram padrasto de Joaquim durante reconstituição do crime

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