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Mãe suspeita de matar as filhas tem prisão preventiva decretada 

Ela se recusou novamente a prestar esclarecimentos à polícia; inquérito foi concluído hoje

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Corpos das adolescentes foram encontrados dentro de casa
Corpos das adolescentes foram encontrados dentro de casa EDISON TEMOTEO/ESTADÃO CONTEÚDO

A corretora Mary Vieira Knorr, suspeita de matar as duas filhas, de 13 e 14 anos, teve a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (20). A delegada Lethícia Faria Fadel foi ao Hospital Universitário, onde Mary está internada, mas ela se recusou, pela terceira vez, a prestar esclarecimentos à Polícia Civil. Os crimes aconteceram no último fim de semana, no Butantã, zona oeste de São Paulo.

Mesmo sem o interrogatório, o inquérito foi encerrado hoje e deve ser encaminhado à Justiça na próxima segunda-feira (23). O delegado-titular do 14º Distrito Policial (Pinheiros), Gilmar Contrera, reforçou que a corretora é a principal suspeita dos crimes, mas ele ainda aguarda laudos para concluir como as jovens foram mortas.

Contrera argumentou que quando os policiais militares chegaram à casa, após serem chamados por outros dois filhos da suspeita, no sábado (14), o imóvel estava trancado. 

— A única encontrada viva naquele local foi ela. As duas filhas já estavam mortas há algum tempo.


Ainda de acordo com o delegado, os médicos que atendem a corretora explicaram que os remédios que ela está tomando não influenciam no discernimento.

— Nós hoje, pela terceira vez, tentamos ouvir a dona Mary. E mais uma vez ela permaneceu calada, recusando-se a responder a todas as perguntas que foram feitas a ela. Os médicos liberaram para que ela fosse ouvida, de forma que a medicação que ela vem tomando não influenciaria nas respostas que ela pudesse dar. 


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A alta deve ser dada no início da próxima semana, quando Mary será encaminhada, provavelmente, ao 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi), enquanto aguardará vaga em um presídio feminino. Caso a Justiça determine, a pedido da defesa ou por decisão do magistrado, Mary poderá ser submetida exames de sanidade mental e até encaminhada a um hospital psiquiátrico.

O delegado não descarta a possibilidade de que a corretora ainda seja ouvida, assim como outras testemunhas.

— Logicamente que, se houver possibilidade, a gente poderá ouvi-la e mandar essas informações complementares. Há sempre essa possibilidade. Se tivermos outras provas relevantes, com referência ao caso, são informações que poderão vir aos autos e nós vamos sempre complementando. 

Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14, foram encontradas mortas dentro casa na tarde de sábado (14). Deitada no chão da sala, os policiais encontraram a corretora, que dizia ter matado as filhas e queria morrer. No andar superior da casa, estavam os corpos das jovens, deitadas cada uma delas em um beliche. No box do banheiro do quarto havia ainda um cachorro morto.

A polícia apurou que as meninas foram vistas pela última vez na quarta-feira (11), quando foram à escola. Na noite de quinta-feira (12), Mary foi ao aniversário da filha de uma vizinha, amiga de Paola, sozinha. Com isso, a hipótese de que os assassinatos tenham acontecido entre quinta e sexta-feira. 

São aguardados laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do IC (Instituto de Criminalística) que vão definir como e em que momento as meninas foram mortas. Há suspeita de que elas possam ter sido sufocadas e até dopadas ou envenenadas. 

Sobre a motivação dos crimes, Contrera esclarece que uma das linhas de investigação, é de que as dificuldades financeiras possam ter feito com que a mãe tivesse esse tipo de atitude. A investigação levantou que ela tinha muitas dívidas e processos na Justiça por estelionato e apropriação indébita, decorrentes da profissão que exercia, de corretora de imóveis.

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