Giovanna Knorr Victorazzo, de 14 anos, escreveu em uma rede social que temia perder a mãe, Mary Vieira Knorr, de 53. A adolescente foi encontrada morta o último fim de semana na casa da família, no Butantã, na zona oeste de São Paulo, ao lado da irmã, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos. A mensagem foi postada pela jovem em sua página pessoal na rede Tumblr.
— Mãe eu te amo muito muito muito. Eu te amo mais que tudo mãe. Desculpa pessoal, mas eu tenho muito medo de perder a minha mãe. Mãe te amo muitooo (sic).
Na mesma rede social, em outra postagem, um comentário de “te amo” fez Giovanna responder “valeu mãe”. Na internet, outras mensagens da adolescente mostram que ela vivia dias bons e ruins com Mary, que era tida como rígida, segundo as investigações da polícia. As meninas inclusive tinham de seguir uma espécie de cartilha de afazeres, sob pena de perderem “privilégios”, como usar a internet ou sair com os amigos.
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Cinco dias antes do crime, Giovanna postou em sua página no Twitter que a situação em casa não estava das melhores.
— Tive um papo tenso com a minha mãe, senhor.
No mesmo dia, ela postou outra mensagem na mesma rede social, essa mais enigmática.
— Gente, ninguém me entende quando eu falo q queria morrer e ver a reação das pessoas aqui na terra, sempre quis ver várias coisas (sic).
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Tal mensagem vai de encontro à sua última atualização no Facebook, no qual ela postou uma imagem de uma moça com asas nas costas à beira do topo de um prédio. Ela era complementada pela letra da canção “Give Me Love”, do cantor britânico Ed Sheeran.
— Give me love like her. Give a little time to me or burn this out. Give me love like never before (Dê-me amor como ela. Dê-me um pouco de tempo, vamos queimar isso. Dê-me amor como nunca antes).
O caso
As duas adolescentes foram encontradas mortas na casa onde viviam no Butantã, zona oeste de São Paulo, às 15h10 de sábado (14).
Policiais militares informaram que foram chamados para atender à ocorrência de vazamento de gás em uma casa e, ao chegarem, já havia uma unidade do Corpo de Bombeiros no local. Deitada no chão da sala, encontraram a corretora que dizia ter matado as filhas e queria morrer. A mulher estava muito alterada e foi encaminhada pela Unidade de Resgate ao pronto-socorro do hospital universitário, no qual permaneceu internada em observação sob efeito de sedativos.
No andar superior da casa, dentro de um quarto, bastante revirado e com fezes de animais, estavam os corpos de Paola e Giovanna, cada um em um beliche. No box do banheiro do quarto, havia ainda um cachorro morto com um saco plástico amarrado em sua cabeça.
Assista ao vídeo: