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Manifestantes cercam e tentam invadir a Prefeitura de SP 

Em sexto protesto, um boneco com a cara do prefeito foi queimado na porta do prédio

São Paulo|Julia Carolina, do R7

Manifestantes cercam a Prefeitura de São Paulo na noite desta terça-feira (18)
Manifestantes cercam a Prefeitura de São Paulo na noite desta terça-feira (18)

Milhares de manifestantes cercavam a Prefeitura de São Paulo, no fim da noite desta terça-feira (18). No protesto, eles queimaram um boneco com rosto do prefeito Fernando Haddad e a bandeira do PT.

Até o momento, não há informações sobre a quantidade de pessoas que estaria no local. Outra parte do grupo tentou invadir o parque Dom Pedro 2º, na região central de São Paulo, porém foram impedidos por outros participantes do protesto.

Por volta das 18h50, parte dos manifestantes derrubou a grade que dava acesso ao pátio da prefeitura e invadiu o local. Com pedras, eles quebraram vidros das cinco grandes vidraças da frente do prédio.

Enquanto este pequeno grupo comandava o ato de vandalismo, outros participantes gritavam "sem vandalismo, sem violência". A parede da sede do governo municipal também foi pichada. Uma das mensagens é "3,20 não". A polícia militar usou spray de pimenta e gás lacrimogênio para conter a manifestação.


No sexto ato de manifestação contra o preço das passagens do transporte público, milhares de pessoas tomaram a praça da Sé, na região central de São Paulo. O evento estava marcado para as 17h, mas às 15h30, as pessoas já se concentravam com cartazes no local.

Na página oficial do evento nas redes sociais, mais de 178 mil pessoas já haviam confirmado presença até esta tarde.


Na noite desta segunda-feira (17), mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação na capital paulista. Elas ocupavam vias importantes da cidade como avenida Faria Lima, Rebouças e marginal Pinheiros, na zona oeste.

Nesta segunda-feira, não foram registrados confrontos durante a passeata, diferente da manifestação realizada na última quinta-feira (13) que foi marcada por atos de violência e repressão policial. Durante os protestos, muitas pessoas carregavam faixas brancas e havia manifestantes com o corpo enrolado na bandeira do Brasil.


Movimento Passe Livre

Os cinco protestos que pararam São Paulo, nos últimos dias, são organizados pelo Movimento Passe Livre. O MPL tem como principal bandeira a mudança do sistema de transporte das cidades da iniciativa privada para um modelo público, "garantindo o acesso universal através do passe livre para todas as camadas da população". O movimento calcula que 37 milhões de brasileiros deixam de utilizar o transporte público por não poder arcar com o custo das passagens.

Na prática, o MPL quer que o transporte público seja gratuito. Portanto, a briga não é somente contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte coletivo em São Paulo — de R$ 3,00 para R$ 3,20. Sua carta de princípios diz que "o MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população".

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