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Manifestantes entram em confronto com PM em ato contra a Copa em SP

Violência teria tido início com ação de black blocs no centro da capital

São Paulo|Tiago Alcântara e Diego Junqueira, do R7

Veículo foi incendiado nos arredores da praça Roosevelt, no centro da capital paulista
Veículo foi incendiado nos arredores da praça Roosevelt, no centro da capital paulista Veículo foi incendiado nos arredores da praça Roosevelt, no centro da capital paulista

Manifestantes e policiais militares entraram em confronto por volta das 19h50 deste sábado (25), na região central de São Paulo, durante o protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. O ato, que seguia pacífico e contava com 1.500 pessoas, teria tido início através da ação de black blocs que estavam na linha de frente da manifestação.

O primeiro confronto começou na rua Barão de Itapetininga, nos arredores do Teatro Municipal. A reportagem do R7 acompanhou o momento em que black blocs começaram a atirar objetos, pedras e paus contra agentes da Polícia Militar. Em um primeiro momento, os policiais apenas se defenderam, para depois reagir.

Houve um princípio de tumulto e agências bancárias foram depredadas. Policiais motorizados da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas) logo foram acionados para dispersar os manifestantes, que correram em várias direções, principalmente para a avenida Ipiranga, na área da Praça da República, e para os arredores do Vale do Anhangabaú.

Batucada e leitura de manifesto marcam início de ato contra Copa

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Fotos: manifestantes realizam protesto contra a Copa em SP

Em razão de eventos da Prefeitura de São Paulo na região central, muitas pessoas que estavam de passagem na área também acabaram tendo de correr. Nesse momento, pelo menos uma bomba de efeito moral foi lançada pela PM para dispersar os manifestantes. A PM informou que dois coquetéis molotov foram atirados por manifestantes contra policiais durante a confusão.

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Um grupo de manifestantes que seguiu na direção da rua da Consolação colocou fogo em um Fusca, próximo da Praça Roosevelt, o que fez a via no sentido avenida Paulista ser fechada. Por volta das 20h20, os bombeiros apagaram o fogo. Algumas testemunhas disseram ao R7 que o veículo tentava desviar de um colchão em chamas, quando acabou se enroscando com o objeto, dando origem ao incêndio. Centenas de curiosos se aglomeram perto de onde o carro foi incendiado.

Outros black blocs tentaram virar uma viatura da Guarda Municipal. A Tropa de Choque, que estava de prontidão, foi acionada. Bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram utilizadas. Na rua Augusta, muitos manifestantes foram enquadrados pelos policiais militares e agentes do Choque, em formação, realizaram outra ação de dispersão dos que ainda permaneciam na área.

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Segundo informações da polícia, outros atos de vandalismo seguem acontecendo nos arredores na região, contra estabelecimentos comerciais e ônibus, em razão dos pequenos grupos que se dispersaram pelos arredores do centro da cidade.

Ato começou na avenida Paulista

O protesto começou por volta das 17h no vão livre do Masp, na avenida Paulista, ponto de encontro para o ato que reuniu 700 pessoas, de acordo com a PM. Antes da caminhada, os manifestantes começaram o ato com a leitura de um manifesto contra o Mundial de futebol, que acontece em julho em 12 cidades brasileiras.

Segundo o estudante Felipe Aguiar, de 21 anos, integrante do coletivo Construção, o evento da Fifa atende apenas ao interesse de “empresários em crise”.

— Estamos aqui para criticar o investimento na Copa porque empresários que estão em crise vão usar dinheiro público para sair dessa crise. Queremos que o dinheiro público seja gasto com saúde, educação, moradia e transporte público.

Manifestantes já ocupam o vão livre do Masp em protesto contra a Copa do Mundo

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A PM deslocou um efetivo de 2.000 homens para acompanhar a manifestação, que seguiu pacífica no trajeto entre a Paulista, passando pela avenida Brigadeiro Luis Antonio, e chegando nos arredores da Prefeitura de São Paulo. O grupo seguiu entoando palavras de ordem contra a Copa, mas também contra o governador Geraldo Alckmin e a Polícia Militar.

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