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Manifestantes saem frustrados de reunião com a Prefeitura de Itu

Após mais de uma hora de conversa, foi assinado um termo de compromisso

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Cerca de 300 manifestantes se reuniram em frente a prefeitura de Itu
Cerca de 300 manifestantes se reuniram em frente a prefeitura de Itu

A reunião que aconteceu na tarde desta segunda-feira (29) entre representantes do movimento "Itu Vai Parar" e da administração municipal não surtiu o efeito desejado pelos manifestantes, que se concentraram na porta da prefeitura no terceiro protesto contra a crise hídrica que sofre o município. De acordo com a avaliação do grupo, a pauta de reivindicações não foi plenamente atendida e as respostas que a população esperava para uma possível solução do problema da falta de água na cidade também não vieram. Durante o encontro, que durou cerca de 1h30 e aconteceu a portas fechadas, foi assinado um termo de compromisso que, para os manifestantes, não passou de um "termo de intenções".

Uma das integrantes do "Itu vai parar", a jornalista Mônica Seixas, 28 anos, participou da conversa, e afirmou que saiu frustrada.

— Acho que diante do tempo que esperamos por soluções era para a prefeitura nos receber com uma proposta para o povo, e não pedir para que apresentássemos reivindicações. Não houve avanço nenhum, apenas um pouco de enrolação e de politicagem.

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De acordo com a jornalista, que assumiu o papel de porta-voz do movimento depois da reunião, a prefeitura se comprometeu a entregar toda a documentação referente ao contrato de concessão do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) à iniciativa privada (Águas de Itu) — ocorrido na gestão passada — e ao edital de concessão para que a população tenha acesso aos requisitos técnicos e contratuais. Os documentos evolvendo a negociação recente da concessionária Águas de Itu e Águas do Brasil também foi solicitado.

— Queremos verificar se a concessão está regular. Estamos pedindo essa documentação há mais de três meses.


Outro ponto acordado diz respeito a possível participação popular no Comitê gestor das Águas, um comitê operacional instalado por recomendação Coordenação Estadual de Defesa Civil para tentar minimizar a crise hídrica no município. Ele é formado atualmente por integrantes da prefeitura e da agência reguladora, a AR-Itu. Segundo Mônica, os representantes do Executivo Municipal pediram um prazo de 72 horas para que a prefeitura responda a este pedido do movimento.

A administração municipal promenteu, ainda, também em um prazo de 72 horas, avaliar o pedido dos manifestantes sobre o regimento interno da AR-Itu, que permite a formação de um conselho composto por pessoas vinculadas ao poder público.


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Segundo Mônica, uma nova reunião deve ser agendada em até 15 dias com a agência reguladora, para que seja apresentado um "plano estruturante", que é um projeto para tentar contornar o problema da falta de água em Itu.

Quanto ao futuro das manifestações, Mônica afirmou não saber qual o próximo passo. Ela ressaltou que o movimento "Itu Vai Parar" nasceu na internet e não tem lideraças.

— Não sou capaz de dizer o que vai acontecer. Acredito que a mesma indignação que fez o povo pressionar até agora vai continuar.

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