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Mansão abandonada: polícia quebra janela e entra em casa para busca e apreensão

Imóvel onde Margarida Bonetti reside foi invadido após determinação judicial. Ela é investigada nos EUA por manter empregada em trabalho escravo

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Polícia usa pé de cabra para abrir janela da mansão abandonada
Polícia usa pé de cabra para abrir janela da mansão abandonada Polícia usa pé de cabra para abrir janela da mansão abandonada

A Polícia Civil de São Paulo entrou na tarde desta quarta-feira (20) na mansão abandonada onde mora Margarida Bonetti, em Higienópolis, no centro de São Paulo, para realizar uma operação de busca e apreensão determinada pela Justiça. O mandado é cumprido por equipes da 1ª Delegacia Seccional do Centro, com auxílio da Polícia Científica e da Subprefeitura da Sé, de acordo com o delegado Roberto Monteiro.

Por cerca de 30 minutos, os policiais tentaram negociar com a idosa a entrada no imóvel, mas ela se recusava a cumprir a determinação. Os agentes então forçaram a entrada quebrando uma das janelas com um pé de cabra.

A polícia de São Paulo já havia aberto um inquérito para apurar se a situação da mulher configurava um possível abandono de incapaz por parte dos parentes dela, já que Margarida mora sozinha em um imóvel em estado precário. Também se investiga se há maus-tratos em animais no imóvel. Dois cachorros foram retirados do local após denúncia do Instituto Luísa Mell. Nesta quarta, mais um animal foi retirado do imóvel.

"A casa cheira lixo, cheira muito forte. A casa é muito insalubre. Existe a possibilidade de ter mais animais”, afirmou a delegada Vanessa Guimarães, responsável pela operação, à Record TV.

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A mulher que mora na casa com aspecto de abandonada em Higienópolis ganhou fama nacional depois de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Margarida Bonetti, de 68 anos, estaria morando no local haveria alguns anos, depois de ter saído dos EUA, onde era investigada pelo FBI por manter uma empregada em trabalho análogo ao de um escravo.

Por duas décadas, a empregada da família nos EUA viveu em péssimas condições, sem acesso à geladeira da família e sendo agredida. O caso foi denunciado por vizinhos. O marido de Margarida, Renê Bonetti, ficou preso por sete anos pelo crime, naturalizou-se americano e ainda vive no país. Margarida conseguiu vir para o Brasil enquanto a investigação ocorria.

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Não se sabe se a pomada branca que a moradora costuma usar no rosto seria uma forma de ela não ser reconhecida em São Paulo e deixar o passado nebuloso para trás ou apenas um hábito. 

O casarão que se tornou atração em Higienópolis fica na rua Piauí, perto da praça Vilaboim, área nobre de São Paulo. Após a divulgação do caso, pessoas passam pela região, fazem selfies e as postam nas redes sociais para mostrar que estiveram em frente à casa. Entre os comentários sobre o imóvel em mau estado de conservação há o de que ele seria mal-assombrado.

Margarida Bonetti nasceu em abril de 1954 e viveu na casa de Higienópolis desde a infância. Ela saiu do local após o casamento, vindo a retornar anos depois da acusação nos EUA. Em um documento do inventário de membros da família, Margarida Bonetti aparece dentro do imóvel, em data desconhecida. O documento que integra o inventário da família mostra ainda a casa repleta de objetos.

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