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"Meu filho não é de sair", diz mãe de jovem baleado em protesto contra a Copa do Mundo

Estoquista foi atingido por PMs no tórax e na região genital; estado dele é grave

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Manifestantes realizam vigília em frente à Santa Casa de Misericórdia
Manifestantes realizam vigília em frente à Santa Casa de Misericórdia

A mãe do estoquista Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, baleado por policiais militares durante protesto contra a Copa do Mundo, no último sábado (25), na região de central de São Paulo, garantiu que o filho é trabalhador. Em prantos, ela contou que antes de saber que o jovem havia sido ferido, passou a noite esperando por ele.

— Passei a noite toda esperando pelo meu filho. Meu filho não é de sair. Meu filho sai cinco horas da manhã, 5h20, no máximo. Ele chega em casa quase às 7h da noite e não tem tempo nem de fazer um curso, porque não dá tempo. Eu não estou conseguindo ver nem televisão mais, porque não posso ver meu filho daquele jeito. Meu filho me protege.

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Os disparos atingiram o estoquista no tórax e na região genital. De acordo com informações da Santa Casa, onde ele está internado, no início da noite de segunda-feira (27), ele permanecia em estado grave, estável, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), respirava sem aparelhos e continuava sedado. Nesta segunda-feira, amigos fizeram mutirão de doação de sangue para a vítima.


Em nota, a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) afirma que o rapaz é black bloc e atacou os policiais. A versão é contestada pelo advogado André Zanardo, que auxilia a família de Chaves. Segundo ele, o jovem não é não é adepto da tática black bloc.

A ação policial será investigada pela Corregedoria da Polícia Militar e também pela Polícia Civil, segundo SSP.

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