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Morumbi tem recorde de assaltos e registra quase um caso por dia 

R7 mapeou os locais em que uma nova quadrilha que ataca motoristas têm agido

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Criminoso armado assalta motorista na "esquina do medo"
Criminoso armado assalta motorista na "esquina do medo" Criminoso armado assalta motorista na "esquina do medo"

O número de roubos no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo, tem crescido neste ano. Alguns pontos são apontados pelo Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) como “perigosos” devido ao alto índice de assaltos a motoristas em curtos espaços de tempo. Em apenas uma semana (entre 25 de junho e 2 de julho), foram registrados seis casos no bairro, sendo dois deles de sequestro-relâmpago. No mês passado, apenas uma esquina registrou 22 roubos.

Em maio, o número de assaltos foi o maior desde o início dos registros, em 2011. O 89º Distrito Policial (Jardim Taboão) teve 201 ocorrências: média de seis por dia, sem contar os roubos de carro, que subiram 60,5% nos primeiros cinco meses de 2014, em comparação com o ano passado.

Segundo o presidente do Conseg Portal do Morumbi, Celso Neves Cavallini, dois pontos do bairro são motivos de preocupação hoje: a saída da marginal Pinheiros para a avenida Dona Helena Pereira de Moraes, no parque Burle Marx; e a rua Colégio Pio 12.

Na esquina da marginal, ocorreram dois sequestros-relâmpago em pouco mais de 24 horas. O último caso foi no começo da manhã de quarta-feira (2). Uma garota de 20 anos foi abordada por quatro homens em um carro roubado. Dois deles entraram no veículo que ela dirigia e a obrigaram a sacar dinheiro e a fazer compras em lojas.

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A quadrilha que atacou essa moradora começou a agir na semana passada, segundo Cavallini. Além dos dois sequestros-relâmpago, eles são suspeitos de outros quatro assaltos a motoristas: dois na rua Américo Alves Pereira Filho; um na rua Doutor Flávio Américo Maurano; e outro na rua Colégio Pio 12.

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"Ladeirão do Morumbi" é conhecido ponto de assaltos na zona oeste de São Paulo

Antes disso, uma dupla de motoqueiros agia sempre no mesmo endereço. O cruzamento das ruas Doutor Laércio Corte e Mário Vatanabe ficou conhecido como “esquina do medo”, após 22 assaltos cometidos, supostamente, pelos mesmos homens. Uma das vítimas foi a apresentadora Astrid Fontenelle, que só escapou porque o carro era blindado. Depois desse episódio, Cavallini diz que não houve outros assaltos cometidos pela dupla.

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— Essa quadrilha age de forma diferente [dos motoqueiros]. São quatro indivíduos armados, não se sabe se simulacro ou arma de verdade. Eles usam carros roubados para cometer os crimes.

O último sequestro-relâmpago registrado no bairro foi feito com um Toyota Corolla prata. O automóvel foi roubado na rua Colégio Pio 12, na noite de terça-feira (1º). Naquele momento, os ladrões abandonaram um Citroën C3 preto visto em outros casos.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que 107 pessoas foram presas em flagrante na região desde o começo do ano, 95 veículos roubados ou furtados foram recuperados e 15 armas de fogo apreendidas. Para Cavallini, a ação da PM não é suficiente.

— A Polícia Militar está com efetivo reduzido. São em torno de cem policiais. E veio ordem de cima para baixo para ficar mais atuante em três avenidas principais e, praticamente, deixar as outras ao léu. Hoje, a PM está concentrada na avenida Giovanni Gronchi, e nas ruas José Ramon Urtiza e Doutor Luiz Migliano.

A Polícia Civil afirma que faz operações semanais na área do 89º DP. Segundo o delegado Danilo Alexiades, investigadores fazem campanas em pontos estratégicos do bairro. Foi dessa forma que um homem que assaltou um casal na avenida Giovanni Gronchi foi preso, na quarta-feira (2). 

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