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Motorista de ônibus que caiu em ribanceira é indiciado por homicídio culposo

Uma das possibilidades é de que o condutor tenha dormido ao volante

São Paulo|Da Agência Brasil

Coletivo tinha saído de Curitiba e seguia para o Rio
Coletivo tinha saído de Curitiba e seguia para o Rio Coletivo tinha saído de Curitiba e seguia para o Rio

O motorista do ônibus que despencou em uma ribanceira na Régis Bittencourt, na madrugada deste domingo (22), foi indiciado por homicídio culposo — sem intenção de matar. O homem, que não teve o nome divulgado, foi ouvido pela polícia e liberado após fazer exames exames toxicológicos para apurar se estava alcoolizado ou sob efeito de alguma substância no momento do acidente. 

Uma das possibilidades investigadas é de que o condutor tenha dormido ao volante. Segundo o delegado, ele declarou que não percebeu nenhum obstáculo na via ou problemas no motor e que iria revesar a direção com outro condutor na próxima parada. O motorista colaborou com a polícia e prestou assistência no local do acidente. O delegado informou ainda que não há indícios de que o ônibus tenha batido ou brecado bruscamente na estrada.

Mais de 12 horas após acidente com ônibus na Régis, familiares continuam sem informações

De acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o veículo da Empresa de Ônibus Nossa Senhora da Penha partiu de Curitiba para o Rio de Janeiro com 53 passageiros, sendo duas crianças, e o motorista. No total, 33 pessoas ficaram feridas e 14 morreram. Regina Celia Nogueira Guimarães, de 58 anos, morreu a caminho do Hospital Geral de Itapecerica da Serra.

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Kelly Cristine Guimarães Ferreira, filha da vítima, contou que o marido da mãe sobreviveu e foi quem telefonou à família para avisar do acidente. Porém, os filhos só souberam que a mãe havia morrido ao chegar ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra.

— Ele contou que eles estavam dormindo e que o ônibus caiu na ribanceira e capotou várias vezes. Ele disse também que o resgate demorou 15 minutos para chegar e que eles deram preferência a ela por ela ser cardíaca, mas não adiantou. Achamos tudo muito estranho, mas não podemos afirmar nada.

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A psicóloga Elisabete Souza Lima, que prestou depoimento na delegacia de Itapecerica da Serra, relatou que não sentiu freada brusca e que acordou com a sensação de que o veículo havia batido em alguma coisa mole, pois não ouviu barulho.

— Em seguida, o ônibus começou a capotar. Tenho muita sorte de estar viva.

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Após grave acidente com ônibus na Régis, 21 pessoas continuam internadas 

Os corpos das 14 vítimas foram transferidos para o IML (Instituto Médico Legal) Central, no centro da capital paulista, por determinação do governador Geraldo Alckmin, pois o IML da cidade de Itapecerica da Serra não dispõe do número de vagas necessárias. Quatro hospitais da região prestam atendimento aos feridos.

Para o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, foram encaminhadas 12 vítimas, inclusive Regina, que morreu durante o resgate. Mais duas pessoas já tiveram alta, e o restante permanece em observação. Uma das vítimas está instável desde a manhã.

No Hospital Geral de Pirajussara, deram entrada seis vítimas e todas continuam internadas. Uma delas, uma mulher cuja idade não foi informada, teve duas paradas cardíacas, foi reanimada e operada. Outra mulher teve o baço retirado e continua em observação.

Leia a íntegra da nota divulgada pela Penha:

A empresa Penha informa que aguarda a relação oficial no IML para disponibilizar, primeiramente, aos familiares dos passageiros, a relação daqueles que lamentavelmente vieram a óbito.

Passageiros que não sofreram lesão, bem como aqueles que já receberam alta médica, já foram encaminhados aos seus respectivos destinos com integral auxílio econômico e logístico da empresa Penha.

A empresa Penha já disponibilizou acomodações em hotéis, despesas com deslocamentos aéreos e terrestres aos parentes dos passageiros que se encontram sob intervenção médica.

Equipe de psicólogos, assistentes sociais e funcionários foram disponibilizados para prestar atendimento aos passageiros e seus familiares nas cidades de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em respeito aos familiares dos passageiros, a fim de evitar informações desencontradas, a empresa comunica que disponibilizará as demais informações tão logo as mesmas sejam recepcionadas pelos meios oficiais.

Por derradeiro, solidarizando-se com os familiares e amigos das vítimas, reitera o seguinte canal de comunicação gratuita para informações adicionais: 0800-646 2122.

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