Motoristas de ônibus de São Paulo paralisaram quatro terminais na tarde desta quinta-feira (23), em ato contra a falta de segurança da categoria. Os ônibus nos terminais Lapa, na zona oeste, e Pirituba, Cachoeirinha e Casa Verde, na zona norte, ficaram parados por cerca de 40 minutos a partir das 16h. O ato foi pacífico e a Polícia Militar acompanhou a paralisação em alguns pontos.
O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), que organizou a manifestação, escolheu esse horário por coincidir com o momento do velório de John Carlos Soares Brandão. O condutor teve o corpo queimado durante um ataque ao ônibus que dirigia na zona norte da capital paulista no sábado, 18, e morreu na quarta-feira (22). A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde nesta quinta-feira.
Edilberto Gonçalves de Carvalho, de 35 anos, um dos líderes da paralisação na Casa Verde, explicou que a paralisação é contra a falta de segurança no transporte público.
— Nosso objetivo é alertar para a falta de segurança a que estamos submetidos. Agora qualquer manifestação tem ônibus queimado e não podemos aceitar que incendeiem o motorista junto.
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Carvalho lamentou a morte do motorista durante o ataque ao coletivo.
— Ele (John) era um cara sossegado, que deixou cinco filhos, sendo um de dois meses. É lamentável.
Ele explica ainda que a categoria sofre ameaças com frequência.
— Querem saquear o ônibus, agredir. Especialmente no fim de semana, quando as pessoas bebem mais e ficam alteradas.
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O sindicato planeja outro ato para a próxima terça-feira (28) em frente à prefeitura. Os manifestantes pretendem usar camisetas com a foto do motorista morto.
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