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Nem volume morto do sistema Cantareira garantirá água durante inverno

Reservatório que abastece parte da Grande SP poderá 'secar' até julho

São Paulo|

Volume de armazenamento chegou a 8,6% nesta terça-feira
Volume de armazenamento chegou a 8,6% nesta terça-feira Volume de armazenamento chegou a 8,6% nesta terça-feira

O consórcio das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) informou nesta terça-feira (13) que cálculos apresentados pelo comitê anticrise que monitora a seca no sistema Cantareira indicam que "não haverá disponibilidade hídrica suficiente para abastecer" a região de Campinas, no interior paulista, e a Grande São Paulo, "durante o pico da estiagem, entre os meses de agosto e setembro".

Em nota publicada em seu site, o consórcio que reúne municípios e empresas da região afirma que a estimativa foi anunciada em reunião ocorrida segunda-feira pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica), órgãos gestores do manancial. Segundo a entidade, nem o início de retirada de água do "volume morto" do Cantareira, previsto para a próxima quinta-feira (15), garante o abastecimento no inverno.

Segundo a apresentação feita nesta terça-feira (13) pelo superintendente-adjunto da área de regulação do consórcio, Patrick Thomas, em Campinas, o fenômeno climático que provocou chuvas de 300 mm acima da média histórica no Acre e de 300 mm abaixo da média no Sudeste "comprometeu criticamente as vazões de afluência do sistema Cantareira, que ficaram 60% abaixo das médias históricas".

Pelos cálculos apresentados, "vão faltar 10 m³ de água por segundo para atender a demanda de água" porque a vazão afluente ao Cantareira (volume de água que chega ao sistema) em maio tem registrado média de 5,7 m³ por segundo, quando a vazão média mínima para o período é de 18 m³ por segundo.

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De acordo com a entidade, os estudos apresentados nessa segunda-feira atentam que as Bacias PCJ necessitam de uma vazão média entre agosto e setembro de 7 m³ por segundo, enquanto a Grande São Paulo de 21 m³ por segundo. "Portanto, as duas regiões irão necessitar de 28 m³ por segundo para atravessar o pico da estiagem. Porém, a permanecer as médias de vazão de afluência do Cantareira, somadas ao uso do total do volume útil e do volume morto, prospectando retiradas de água que permitam as reservas durar até novembro de 2014, ainda assim, vai faltar água para abastecer as duas regiões nesse período, em torno de 10 m³ por segundo", afirma o consórcio.

De acordo com Thomas, será necessário reduzir o consumo.

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— A quantidade de água disponível não vai atender às demandas hídricas nas Bacias PCJ e na região metropolitana de São Paulo. As vazões disponíveis para as duas regiões são inferiores às registradas em anos anteriores, o que torna necessário compatibilizar as demandas com a disponibilidade hídrica atual.

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