No dia em que chacina completa um mês, flores são colocadas na porta da casa onde aconteceu tragédia
Homenagem foi organizada por grupo que defende inocência de Marcelo Pesseghini na internet
São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7
A casa onde aconteceu a chacina que vitimou uma família na zona norte de São Paulo foi cenário de uma homenagem nesta quinta-feira (5), quando a tragédia completa um mês. Pela manhã, a calçada em frente ao portão do imóvel na rua Dom Sebastião, na Vila Brasilândia, foi tomada por flores. A iniciativa foi de integrantes de uma página no Facebook criada para defender Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini.
O estudante, de 13 anos, é apontado pela polícia como suspeito de ter assassinado os pais, a avó e a tia-avó. Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 de agosto.
Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.
Entenda o caso da família morta na Vila Brasilândia
Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a investigação, o menino teria matado a família, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.
A versão da polícia tem recebido contestações. Na internet, páginas foram criadas para discutir o caso e abaixo-assinados em defesa do adolescente pedem a intervenção da Polícia Federal na apuração. Para a homenagem desta quinta-feira, foram usados aproximadamente 120 vasos de crisântemo. Eles foram colocados no local pela floricultura contratada. Na porta do imóvel, havia ainda faixas defendendo a inocência de Marcelo. Uma delas pedia justiça e clamava: "Que a verdade seja dita".
A frase é a mesma no portão da casa no mês passado, quando flores também foram deixadas na calçada.