Novo protesto nesta terça, agora na praça da Sé, já tem quase 100 mil confirmados em São Paulo
Página do movimento no Facebook define novo local para a sexta manifestação contra a tarifa
São Paulo|Do R7
O MPL (Movimento Passe Livre), que está organizando as manifestações contra o aumento da passagem em São Paulo, divulgou que haverá um novo protesto nesta terça-feira (18). O sexto protesto está marcado para as 17h, na praça da Sé, região central de São Paulo, e quase 100 mil pessoas já confirmaram presença no novo ato.
Na noite desta segunda-feira (17), mais de 100 mil pessoas participavam da manifestação na capital paulista. Elas ocupavam vias importantes da cidade como avenida Faria Lima, Rebouças e marginal Pinheiros, na zona oeste. Neste novo protesto que vai se realizar hoje na praça da Sé, até as 2h40 da manhã desta terça, 98 mil pessoas já tinham confirmado presença.
Na quinta manifestação realizada na cidade em razão do último aumento da passagem não foram registrados confrontos durante a passeata, diferente da manifestação realizada na última quinta-feira (13) que foi marcada por atos de violência e repressão policial. Durante os protestos, muitas pessoas carregavam faixas brancas e havia manifestantes com o corpo enrolado na bandeira do Brasil.
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Movimento Passe Livre
Os cinco protestos que pararam São Paulo, nos últimos dias, são organizados pelo Movimento Passe Livre. O MPL tem como principal bandeira a mudança do sistema de transporte das cidades da iniciativa privada para um modelo público, "garantindo o acesso universal através do passe livre para todas as camadas da população". O movimento calcula que 37 milhões de brasileiros deixam de utilizar o transporte público por não poder arcar com o custo das passagens.
Na prática, o MPL quer que o transporte público seja gratuito. Portanto, a briga não é somente contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte coletivo em São Paulo — de R$ 3,00 para R$ 3,20. Sua carta de princípios diz que "o MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população".