Pai está sob efeito de remédios após morte de Joaquim, diz advogado
Defesa afirma que é difícil excluir a participação da mãe e do padrasto
São Paulo|Do R7, com Balanço Geral
O pai de Joaquim Ponte Marques, Arthur Paes, está sob efeito de medicação desde que teve a confirmação da morte do filho. De acordo com seu advogado, Alexandre Durante, Paes está inconformado com o que aconteceu com o menino de três anos, que estava desaparecido desde a última terça-feira (5). O corpo foi encontrado boiando em um rio neste domingo. A mãe e o padrasto são suspeitos do crime.
Paes foi a única pessoa que desde o início das buscas pelo menino, que era diabético, tinha esperanças de encontrá-lo com vida, segundo o advogado. Ele ainda afirmou que o garoto nunca demonstrou nenhuma atitude que levasse o pai a suspeitar que havia problemas com o padrasto, Guilherme Rayme Longo, a mãe, Natália Mingone Ponte e o garoto.
O advogado não pode revelar o motivo da separação de Paes e Natália, porém afirma que o pai era presente, participava de eventos escolares e tinha contato diário, mesmo morando em São Paulo.
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Há informações de que a defesa de Longo e Natália, que permanecem presos, estaria tentando implantar provas de uma terceira pessoa envolvida no crime. O que se tem de concreto, segundo o advogado do pai da criança, é a existência de um vídeo em que o pai do padrasto aparece saindo de sua residência e se dirigindo à casa do filho na madrugada do sumiço de Joaquim. O que causa estranheza é que a distância das duas casas poderia ser percorrida a pé. Entretanto, a gravação mostra que o trajeto foi feito de carro. O vídeo foi apreendido e está sento apurado pela DIG de Ribeirão Preto (Delegacia de Investigações Gerais).
O pai voltou a São Paulo, onde mora, para tentar retomar o trabalho, já que é profissional liberal. Ele teria pedido ao advogado: “Doutor seja quem for, eu quero que o caso seja apurado e doa a quem doer”.
Sobre a participação da mãe e do padrasto no crime, o advogado disse que “de acordo com o trabalho da investigação e com o conjunto probatório fica muito difícil excluir qualquer que seja a participação dos dois por menor que seja. Essa criança sumiu de dentro de uma casa na qual os dois estavam na cena do crime. Então o maior problema é estabelecer a dinâmica do evento”.
Assista ao vídeo: