Para polícia, houve negligência em morte de menino na piscina

A delegada Ancilla Vega indiciou uma professora e a assistente dela por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — do menino Bernardo Jacomino Gonçalves, de três anos. Ele se afogou após uma aula de natação na piscina do Centro Educacional Brandão, na zona sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (26).

Onze crianças estavam na aula de natação, segundo os depoimentos. A professora e duas assistentes monitoravam os alunos e uma das auxiliares teve que sair. Os estudantes foram até o chuveiro, momento em que deveriam retirar as boias. A professora contou que foi quando voltou à piscina viu Bernardo caído na água, sem as boias dos braços.

Ela afirmou ter resgatado o menino e pedido ajuda. Bernardo foi levado de ambulância para o pronto-socorro do Hospital São Paulo, mas já deu entrada morto.

Durante esta segunda-feira cinco pessoas foram ouvidas pela delegada no 26º Distrito Policial (Sacomã). A professora e assistente dela, que foram indiciadas e, também, a assistente que se ausentou, na condição de testemunha, o diretor administrativo da escola e uma segunda professora, que dava aula na piscina do lado e ajudou a socorrer o menino.

Após todos os depoimentos a delegada afirmou que não há qualquer dúvida de que houve negligência da professora e da assistente.

— Elas foram indiciadas por homicídio culposo e foi arbitrada uma fiança de R$ 10.000 para cada uma, que foi paga. Com isso, respondem em liberdade. O que a investigação vai apurar agora é até que ponto a escola toma os devidos cuidados com relação às crianças que ficam fazendo essas atividades.

Ainda segundo Ancilla, não existem câmeras na parte interna da escola. O diretor administrativo afirmou em depoimento que nos 32 anos que trabalha na unidade nunca houve qualquer acidente desse tipo.

Em nota, a direção do Centro Educacional Brandão se diz “consternada e abatida” e acrescenta que as circunstâncias do afogamento serão rigorosamente apuradas pela escola pelas autoridades. Ainda segundo a instituição, o menino foi “imediatamente atendido por profissionais da escola, treinados e certificados como socorristas”.

Assista ao vídeo:

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