Perito contratado pela defesa de Gil Rugai diz que provas técnicas não se sustentam
Ricardo Molina voltou a criticar a perícia feita na época do crime
São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7
Contratado pela defesa do ex-seminarista Gil Rugai para fazer um laudo particular em relação às provas apresentadas pela acusação, o perito Ricardo Molina voltou a criticar a perícia na tarde desta segunda-feira (18).
— As provas técnicas, nenhuma se sustenta e nós vamos mostrar isso com detalhes durante o julgamento.
Segundo Molina, a perícia realizada na época do crime caminha em uma única direção.
— É o que a gente chama de engenharia reversa. Primeiro eu defino o culpado e depois vou encontrando evidências que apontem para ele.
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Dentre as incoerências apontadas por Molina, está a questão da foto. Segundo ele, a imagem anexada ao processo que mostra a posição em que um vigia estava e teria reconhecido Gil Rugai nas proximidades da casa onde aconteceu o crime, foi tirada no automático. O que, para o perito, não mostrou a luminosidade real do local. “A noite virou dia”, disse.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, Molina adiantou que uma outra foto feita por um profissional mostra que não havia luz suficiente para identificar uma pessoa na hora do crime, na posição em que o fotógrafo estava.
O vigia Domingos Ramos de Oliveira foi o primeiro a ser ouvido nesta segunda-feira (18) durante o julgamento de Gil Rugai, que acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Ele voltou a afirmar que viu o réu sair da casa de seu pai, Luis Carlos Rugai, e da mulher dele, Alessandra de Fátima Troitino, após os disparos na noite do crime.
O caso
Quase nove anos depois dos assassinatos, Rugai sentou no banco dos réus nesta segunda-feira (18) para ter seu destino traçado pela Justiça. O ex-seminarista é acusado de ter assassinado o pai Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, na noite de 28 de março de 2004, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.
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