Pimenta Neves deixa cadeia para passar o Dia das Crianças em casa
Jornalista matou ex-namorada em 2011 e foi beneficiado com progressão de regime em setembro
São Paulo|Do R7, com Rede Record
O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves foi beneficiado com a saída temporária do Dia das Crianças e saiu da cadeia, na manhã desta sexta-feira (11), para passar cinco dias em casa com a família. Ele ganhou o direito ao regime semiaberto no mês passado. Ele está preso na penitenciária 2 de Tremembé, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.
Pimenta Neves foi condenado a 19 anos de prisão pela morte da também jornalista Sandra Gomide em agosto de 2000, em um haras em Ibiúna.
Irmão Cravinhos
Cristian Cravinhos também deixou a mesma cadeia na manhã desta sexta-feira. Ele também foi beneficiado pela saída temporária do Dia das Crianças. O irmão dele, Daniel Cravinhos, permanecerá preso. Os dois cometeram infrações dentro do presídio. No entanto, Cristian foi absolvido.
Os dois foram condenados pelas mortes dos pais de Suzane Von Richthofen em 2002. Eles estão no regime semiaberto desde fevereiro. Suzane permanece no regime fechado.
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De acordo com o promotor Luís Marcelo Negrini, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, a saída temporária do Dia das Crianças começa às 9h desta sexta-feira. A volta ao presídio deve acontecer até as 18h da próxima quarta-feira (16). Durante esse perído, os presos não podem frequentar bares, boates, nem ingerir bebidas alcóolicas em locais públicos.
Caso Pimenta Neves
A jornalista Sandra Gomide foi morta no dia 20 de agosto de 2000, no Haras Setti, em Ibiúna, cidade a 64 km de São Paulo. Na época, Pimenta Neves era diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo. A vítima também trabalhava no jornal, como repórter e editora do caderno de Economia. Ela foi demitida um mês antes do crime.
Eles namoraram por quatro anos, mas ela terminou o relacionamento semanas antes de ser morta. Pimenta Neves confessou o crime e foi condenado a 19 anos e dois meses de prisão. Ele teve a pena reduzida para 15 anos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, ele cumpriu apenas sete meses de prisão e, em 2007, ficou novamente livre devido a uma outra decisão do STJ. Ele voltou para a prisão em maio de 2011.
Caso Richthofen
Os pais de Suzane von Richthofen, Manfred e Marísia, dormiam quando ela, o namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.
Assim que Suzane autorizou, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. O casal foi golpeado várias vezes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.
Suzane esperou no andar de baixo da casa enquanto os pais eram assassinados. Ela revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.
Depois do assassinato dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, ela deixou Daniel em casa e foi buscar o irmão Andreas em uma lan house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao encontrarem os pais mortos, Suzane chamou a polícia.
Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pela morte do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado.