Plano contra violência em SP terá quase 4,7 mil novos policiais e bonificação para PMs e civis

O novo conjunto de ações de segurança do Estado de São Paulo prevê a contratação de cerca de 4.700 agentes das polícias Civil e Científica. Além disso, o plano terá uma bonificação semestral para os policiais civis e militares que ajudarem a reduzir a criminalidade. O anúncio das novas medidas foi feito nesta quarta-feira (22) pelo governador Geraldo Alckmin e o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. O evento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), no caso da Polícia Civil, serão abertos concursos e autorizadas nomeações para mais de 2.800 servidores em várias carreiras. Na Científica, um projeto de lei prevê a criação de 1.865 cargos administrativos (a serem preenchidos por concurso), necessários à gestão das unidades do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico Legal).

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O governo ainda vai criar um bônus para os policiais civis e militares que conseguirem reduzir os índices de criminalidade no Estado. O secretário Fernando Grella explicou que o bônus pretendido não faz parte da discussão da questão salarial, que deve ser discutida a parte. Ele enfatizou que os valores de R$ 4 mil até R$ 10 mil, conforme o divulgado no início da manhã pelo governador Geraldo Alckmin, são propostas e não estão confirmados.

Além disso, o secretário e o governador anunciaram que será aberta uma licitação internacional para contratar um sistema de informática que vai permitir a integração dos bancos de dados das polícias Civil e Militar e dotá-los de ferramentas de inteligência para um planejamento estratégico mais eficiente.

Mudanças na Polícia Civil

Dois departamentos especializados da Polícia Civil, o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e o Decade (Capturas e Delegacias Especializadas), terão modificações. As medidas também afetam o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

No caso do Deic, a atual Delegacia de Roubos passará a investigar, também, os latrocínios, passando a denominar-se 1ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios. Além disso, a medida dará maior capacidade ao DHPP para investigação dos homicídios.

Outra alteração acontecerá na 2ª Delegacia de Furtos e Roubos de Joias, que vai se transformar na 2ª Delegacia de Investigações de Crimes Patrimoniais de Intervenção Estratégica. Com isso, ela ficará focada na apuração de infrações sazonais, como “arrastões” em restaurantes.

Uma terceira reformulação é a elevação do SAT (Serviço Aerotático), que será elevado a nível de Divisão de Operações Especiais e passa a ser dirigido por delegado de Polícia de Classe Especial. A divisão também abrigará o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), da Polícia Civil.

No âmbito do DHPP, a atual Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos e Latrocínios (3ª Delegacia da Divisão de Homicídios) passará a investigar apenas as chacinas e contará com duas equipes de investigação. A medida dobrará a capacidade da delegacia, que hoje conta com uma equipe.

Instituto Sou da Paz

Outra medida tomada pelo governo foi um convênio com o Instituto Sou da Paz, que deve elaborar um sistema de metas para as polícias paulistas, com base principalmente na redução dos indicadores criminais, em especial os relativos aos crimes de homicídio, latrocínio, roubo e furto de veículos.

* Com informações da Agência Brasil