A Polícia Civil de São Paulo identificou como Tiago o homem que depredou a Prefeitura durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, realizada na última terça-feira (18). Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), policiais do Deic realizavam buscas pelo rapaz e o sobrenome e a idade do suspeito não foram divulgados.
O homem usou uma das grades de proteção do local para tentar quebrar vidros da prefeitura. Ele aparece em várias imagens de televisão durante a ação e foi repreendido pelos próprios manifestantes, que já deixaram claro serem contra qualquer tipo de ato de vandalismo e violência.
Nas redes sociais, foram divulgados supostos dados do vândalo. Internautas especulam que o homem é o mesmo que rasgou as notas das escolas de samba no Carnaval de 2012.
Sexto protesto
Um dia após manifestação histórica na cidade de São Paulo reunir mais de 100 mil pessoas nas ruas da cidade, o sexto ato contra o aumento da tarifa de ônibus na capital paulista, ocorrido nesta terça-feira (18), foi o mais violento de todas as manifestações. Com início pacífico, milhares de pessoas se reuniram na praça da Sé por volta das 17h. No entanto, os tumultos começaram quando uma parte do grupo caminhou para a sede da prefeitura antes da definição oficial do trajeto que a passeata faria.
Em pouco tempo, o prédio da prefeitura, no viaduto do Chá, na região central, foi cercado. Um grupo de pessoas queimou um boneco com o rosto do prefeito Fernando Haddad e, na sequência, parte dos manifestantes derrubou a grade que dava acesso ao pátio da prefeitura e invadiu o local. Com pedras, eles quebraram vidros das cinco grandes vidraças da frente do prédio. Enquanto isso, outros participantes gritavam "sem vandalismo, sem violência". A parede da sede do governo municipal também foi pichada. Uma das mensagens era "3,20 não".
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A GCM (Guarda Civil Metropolitana) usou spray de pimenta e gás lacrimogênio para conter a manifestação e impediu que o prédio fosse invadido. A confusão na região continuou e manifestantes arrancaram a bandeira da cidade de São Paulo do mastro da prefeitura e tentaram atear fogo. Segundo a assessoria da prefeitura, Fernando Haddad (PT) deixou o edifício por volta das 17h30 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, e foi orientado a não voltar ao prédio.