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Polícia Civil procura novas imagens de suspeitos de atear fogo em dentista

Homem que aparecia correndo em vídeo divulgado ontem não era criminoso

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Dentista teve o corpo queimado após criminosos invadirem seu consultório
Dentista teve o corpo queimado após criminosos invadirem seu consultório

A Polícia Civil procura por novas imagens dos homens suspeitos de atear fogo no dentista Alexandre Peçanha Gaddy, que teve 60% do corpo queimado na noite de segunda-feira (27) em um assalto em São José dos Campos. De acordo com o delegado Leon Nascimento Ribeiro, o vídeo divulgado nesta terça-feira (28), que mostrava um homem correndo, não era de um dos suspeitos de cometer o crime.

Dois bandidos encapuzados invadiram o consultório de Gaddy, de 41 anos, às 20h58 de segunda-feira, e atearam fogo em seu corpo por não terem encontrado dinheiro.

Mariane Peçanha Gaddy, irmã da vítima, disse que o dentista encerrava o trabalho às 18h, mas na segunda-feira ficou até mais tarde para esterilizar equipamentos. O portão do consultório, na rua dos Periquitos, 923, na Vila Tatetuba, tem chave elétrica, mas há aviso de que o equipamento está quebrado e é preciso chamar a recepcionista, que já havia ido embora. Não há sinais de arrombamento. À polícia, o dentista contou que foi levado ao banheiro do imóvel, amarrado com a corda de uma cortina e, em seguida, queimado. Foram encontrados um isqueiro e uma garrafa de álcool.

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O comerciante Mauro Lopes Duarte, que passava pelo local, ouviu o pedido de socorro.


— Escutei gritos de ai, ai, ai, como se alguém estivesse com muita dor.

Duarte chamou a polícia.


— Quando arrombamos a porta, ele estava ajoelhado, todo queimado no rosto, na barriga e no peito. Ele estava agonizando.

Gaddy foi levado ao Hospital Municipal Doutor José de Carvalho Florence e depois foi transferido para o setor de queimados da Santa Casa. O diretor na unidade diz que o estado dele é grave.

— São queimaduras de até 3º grau. O risco de infecção é alto, ele está com respirador, sedado e tem quadro de insuficiência respiratória e renal.

Há risco de morte. Ele é separado e tem dois filhos — um menino de dez anos e uma menina de quatro.

Segundo o delegado seccional, Leon Nascimento Ribeiro, nada foi levado.

— Os bandidos podem ter desistido do roubo depois dos gritos.

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