Polícia prende 15 manifestantes que participaram de ato contra aumento de passagem
Segundo a PM, eles foram detidos por crimes de dano ao patrimônio e incêndio
São Paulo|Fernando Mellis, do R7
A Polícia Militar divulgou, na noite desta quinta-feira (6), que prendeu 15 pessoas que participaram da manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo. Segundo a PM, elas foram detidas por crimes de dano ao patrimônio e incêndio e encaminhadas ao 78º DP (Distrito Policial).
A corporação disse ainda que o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, que estava entre os detidos, teria tentado negociar a saída de alguns manifestantes, que estavam "refugiados" no shopping Pátio Paulista. Ao ser questionado por um policial, ele teria dito ser um dos articuladores do protesto. Por isso, os agentes afirmaram que consideraram necessário levá-lo ao DP.
A polícia informou também que, durante a manifestação, houve depredação do terminal Bandeira e de alguns ônibus — não foi informada a quantidade dos veículos. A área externa do Masp (Museu de Arte de São Paulo) sofreu com vandalismo e várias latas de lixo foram queimadas na avenida Paulista.
Além deles, as estações de metrô Paraíso, Trianon e Brigadeiro foram danificadas. Os manifestantes tentaram também invadir a estação Anhangabaú e chegaram a invadir o metrô Paraíso.
Três vias foram interditadas pelos manifestantes, segundo a PM. Entre elas, a avenida Nove de Julho e a Vinte e Três de Maio. A terceira via foi a avenida Paulista, que ficou bloqueada totalmente nos dois sentidos.
Protesto e destruição
O protesto contra o aumento das passagens de ônibus deixou um rastro de destruição na avenida Paulista, região central de São Paulo, na noite desta quinta-feira (6). Lixeiras foram quebradas, guaritas da Polícia Militar foram ao chão e o shopping Pátio Paulista chegou a ser fechado.
Mais cedo, algumas pessoas chegaram a invadir o terminal Bandeira, picharam algumas paredes e destruíram alguns ônibus, de acordo com a Polícia Militar. Os manifestantes chegaram a fechar a avenida 23 de Maio, em três pontos, no sentido aeroporto. Eles atearam fogo em caixotes de madeira.
Após invadir o terminal, o grupo seguiu para a avenida Nove de Julho e fechou as duas direções. Também foram criadas barricadas e eles destruíram alguns ônibus que passaram antes da interdição das pistas. A polícia usou bombas de efeito moral para conter a manifestação. Até o momento, não há informações sobre feridos.
O ato ocorre quatro dias após entrar em vigor o reajuste de 6,67% no valor das tarifas.