Segundo dia do julgamento de réus acusados de carbonizar família em SP começa com atraso de 3 horas
Três testemunhas falaram, e os três réus foram interrogados no primeiro dia; agora, julgamento avança para fase de debates
São Paulo|Isabelle Amaral, do R7
O segundo dia do julgamento dos réus acusados de matar e carbonizar em 2020 uma família no ABC paulista, região metropolitana de São Paulo, começou às 11h44 desta terça-feira (13), com atraso de três horas.
Os envolvidos vão passar pelo Tribunal do Júri, realizado no Fórum de Santo André.
A sessão tinha início previsto para as 9h30. De acordo com o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o processo atrasou porque as rés Anaflávia Martins Meneses Gonçalves, filha do casal assassinado, e Carina Ramos de Abreu não haviam chegado ao tribunal.
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O R7 questionou a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), responsável pela logística das rés, sobre o motivo do atraso, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Três testemunhas falaram e três réus foram interrogados no primeiro dia de tribunal. Agora, o julgamento avança para a fase de debates entre Ministério Público e a defesa dos acusados. Em seguida, os sete jurados vão se reunir em uma sala secreta para a votação a fim de decidir o destino dos réus.
No total, cinco pessoas são acusadas do assassinato de Romuyuki Veras Gonçalves, Flaviana de Meneses Gonçalves e do filho deles, Juan Victor Gonçalves. Anaflávia, que é julgada nesta manhã, é acusada de ter premeditado o crime contra os próprios pais e o irmão, que na época tinha 15 anos.
Primeiro dia de julgamento durou mais de dez horas
O primeiro dia do julgamento, ocorrido na segunda-feira (12), durou mais de dez horas. Desde 2020, o processo para a condenação efetiva dos réus já foi adiado mais de cinco vezes.
Segundo o TJSP, estava previsto o depoimento de 14 testemunhas, mas apenas três foram ouvidas: o delegado responsável pela investigação, a avó de Anaflávia e uma vendedora do quiosque de Flaviana (uma das vítimas). As demais foram dispensadas.
Além de Anaflávia e Carina, Juliano Oliveira Ramos Júnior, Jonathan Fagundes Ramos e Guilherme Ramos da Silva são acusados de participação no assassinato.
Porém, os irmãos Juliano e Jonathan tiveram o julgamento adiado para o dia 21 de agosto, porque o processo deles foi desmembrado.
Os envolvidos respondem por três homicídios triplamente qualificados (por motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas), roubo, ocultação de cadáver e associação criminosa.