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Shoppings podem fechar as portas para evitar “rolezinhos”, diz Ministério Público

Para promotores, medida deve ser aplicada, inclusive, aos estacionamentos

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

No último sábado, shopping JK Iguatemi pediu identidade de alguns frequentadores; MP criticou a medida
No último sábado, shopping JK Iguatemi pediu identidade de alguns frequentadores; MP criticou a medida

O Ministério Público de São Paulo vai intermediar um debate entre os shoppings centers e grupos de adolescentes que organizaram as reuniões conhecidas como “rolezinhos”. Um grupo de promotores foi formado nesta semana para acompanhar a situação.

Para o promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Antônio Ribeiro Lopes, os shoppings não podem escolher quem entra.

— Ele [shopping] tem o direito de fazer isso, mas desde que ele faça para todos e não para setores. Tem que fechar também o estacionamento. De carro a pessoa também não vai poder entrar. Não pode impedir a entrada de grupos, não pode escolher.

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A promotora, Luciana Bergamo, da Infância e Juventude, classificou como “inadequada” a atitude do shopping JK Iguatemi, que no último sábado (11), chegou a pedir identificação de alguns frequentadores, sob a alegação de que não seria permitida a entrada de menores desacompanhados. O centro de compras havia conseguido uma liminar que impedia a realização do "rolezinho" e previa multa de R$ 10 mil a quem desrespeitasse a decisão.


Na quinta-feira (17), os promotores se reuniram com representantes da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers). Na próxima semana, eles deverão conversar com adolescentes, que serão convidados a comparecer ao Ministério Público. Em seguida, o debate será com a administração pública. 

Cinco Promotorias — Infância e Juventude, Defesa do Consumidor, Direitos Humanos, Criminal e Habitação e Urbanismo — acompanham a situação, definida por Lopes como “um fenômeno a ser compreendido”.

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