O ministro da Saúde, Arthur Chioro, rebateu as críticas feitas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e afirmou que o governo de São Paulo deixou de transferir para Santa Casa de São Paulo R$ 74,7 milhões que haviam sido repassados pela pasta no período entre janeiro de 2013 e maio deste ano. — Há uma tentativa de partidarizar o problema. Talvez as afirmações do governador sejam uma maneira de transferir para o ministério a responsabilidade sobre a crise. Chioro afirmou que a diferença entre o que foi repassado pelo governo federal para o Estado e o que o governo paulista efetivamente entregou para a Santa Casa foi identificada a partir de informações prestadas pela própria Secretaria de Saúde de São Paulo.Geraldo Alckmin culpa governo federal por crise em Santas CasasDívida total da Santa Casa é de R$ 320 milhões, diz provedor De acordo com Chioro, em 2013, o governo federal destinou para cofres paulistas R$ 291.390.567,11. Desse total, no entanto, teriam sido entregues pelo governo de São Paulo para Santa Casa R$ 237.265.012. Neste ano, dos R$ 126,3 milhões transferidos pelo ministério, R$ 105,76 milhões chegaram à instituição. A pasta pediu explicações do governo Estadual no fim da tarde de quarta-feira (23), como explica o ministro. — Vamos esperar a resposta. Mas, definitivamente, o problema da instituição não é provocado pelo governo federal. Chioro informou que soube das dificuldades da Santa Casa na terça, uma hora antes de a instituição interromper o atendimento de emergência. — Recebi com perplexidade tal informação. Assumi dia 2 de fevereiro, nunca fui procurado para debater sobre a crise.Santa Casa interrompe pronto-socorro e deixa 6 mil sem atendimentoEstado e União dizem que aumentaram repasses para a Santa Casa Ele descartou a possibilidade de a crise ter como ponto de partida a falta de reajuste na tabela SUS para procedimentos. — A Santa Casa recebe 101% a mais do que essa referência. Há incentivos. Estamos em dia com repasses. Ele ponderou que os R$ 74,7 milhões seriam suficientes para sanar a dívida. — Pode ser um problema de gestão da instituição, precisamos aprofundar esse debate. O que não se pode fazer é usar o tema como disputa política.