A USP (Universidade de São Paulo) oficializou, nesta quinta-feira (27), a proibição de festas com comercialização e consumo de bebida alcoólica em seus câmpus.
A determinação, aprovada pelo Conselho Gestor da Cidade Universitária em dezembro do ano passado, foi publicada no Diário Oficial do Estado com as regras e protocolos a serem seguidos para a realização de eventos nos espaços da universidade.
Contrários à determinação, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e centros acadêmicos marcaram para hoje uma festa em protesto, chamada de Festão contra a Proibição, na Cidade Universitária.
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Com a nova regulamentação, apenas eventos festivos que tenham "compatibilidade com a vida universitária" serão autorizados. A proibição de bebidas será feita com base na lei de 2009 que veta "compra, venda, fornecimento e consumo de bebidas alcoólicas" em estabelecimentos de ensino sob administração estadual. Como as universidades têm autonomia, a USP não seguia a norma.
Há previsão de punições às confraternizações ilegais. Os organizadores que descumprirem as determinações estão sujeitos à responsabilização civil, penal e administrativa.
Gabriela Ferro, diretora do DCE afirma que é uma "cortina de fumaça".
— Eles alegam que a proibição é para evitar casos de violência, mas eles continuam acontecendo independentemente das festas. Em junho uma aluna foi estuprada dentro do câmpus quando ia ao Restaurante Universitário, essa não é a forma de se resolver o problema.
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