Nove vítimas do ônibus de turismo que capotou na rodovia Régis Bittencourt, em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, foram enterradas na terça-feira (24). Das 54 pessoas que estavam no veículo — 53 passageiros mais o motorista—, 15 morreram no acidente e 32 foram levadas a hospitais. Destas, duas morreram e 12 permanecem internadas. As famílias reclamam da demora na liberação dos corpos e da falta de assistência da empresa de ônibus. Em Joinville, Santa Catarina, foi sepultado o corpo de Nelício Engel, de 52 anos. Em Curitiba, no Paraná, foi enterrado o corpo de Maria Aparecida Silva, de 59 anos. A filha dela também estava no ônibus e continua internada em estado grave. O neto de um ano e meio não se feriu no acidente, um alívio para a família como conta a sobrinha da vítima Valéria Costa. — Deus segurou meu priminho no colo, nas mãos, porque aquilo foi um milagre de Deus.Exame toxicológico e tacógrafo definem se tragédia na Régis foi apenas fatalidadeAcordei com o ônibus virando, diz sobrevivente de capotamento na Régis As famílias enfrentaram demora para liberar os corpos. Elas apontam falhas da empresa de ônibus. O filho de Ademilde e Júlio Salles, Periplo Guilharães, teve que conseguir uma liminar na Justiça para enterrar os pais. Os corpos foram enviados para o Rio de Janeiro sem atestado de óbito. — Chegou aqui, essa surpresa. Um funcionario olhou o papel: "Ah, não tem óbito, não posso receber", como se fosse uma mercadoria. Eu falei: "Não é possivel". Uma das vítimas do acidente na rodovia Régis Bittencourt é um homem que viajava com o filho de sete anos. A mãe dele, Iara Soares, conta que Enrico Roberto Bittencourt abraçou a criança quando o ônibus despencou na ribanceira. O menino sobreviveu. Enrico era fisioterapeuta e tinha 30 anos. — Meu netinho, graças a Deus, está bem. Foi salvo porque ele [Enrico Roberto] protegeu meu netinho, mas agora é tentar seguir, Deus tem que me dar força para seguir.Assista ao vídeo: